sábado, 31 de março de 2012

PONTE DAS TRÊS ENTRADAS...


É um nome interessante para uma Aldeia, que ao fim e ao cabo, ao longo dos séculos, se tem vindo a formar ao redor dessa ponte construída no Século XVIII (1790), no local de confluência dos rios Alva e Alvoco e que se destaca pela sua forma “estrelar”, com três ramos, única em Portugal ( e há até quem diga: única no mundo)……!!!!!!

Esta ponte é também a divisão Administrativa de três freguesias: “Santa Ovaia”; “S. Sebastião da Feira” e “Aldeia das Dez”, todas elas dividas pelos referidos rios….e por isso mesmo, na maioria das vezes, para muitos dos forasteiros que visitam as redondezas, esta Aldeia acaba por ser um local de passagem, muito embora possua alguns atractivos, nomeadamente o seu “Parque de Campismo, nas margens do Rio Alva, a sua gastronomia e obviamente as belas paisagens que os nossos olhos a partir daquele local podem alcançar…..!!!!




Mas vale a pena, parar, mesmo que seja por breves instantes e apreciar esta obra de engenharia com mais de 230 anos…..

quinta-feira, 29 de março de 2012

"AVÔ"....


E continuando por esse Portugal fora, à descoberta de cantos e recantos que nos encantam, chega-se a mais uma bonita aldeia, denominada “AVÔ”, também no concelho de Oliveira do Hospital.
Ali podemos encontrar um património histórico e natural que nos deslumbra…..,nomeadamente:
·       As ruínas da Ermida de São Miguel, situada no âmbito do Castelo, considerado imóvel de interesse público desde 1963. Esta Ermida tem origem remota (Sec. XVI/XVII) e não obstante ter passado por vários períodos de restauro, conserva uma muralha e uma porta ogival do final do Século XVI.
·       A Igreja Matriz, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora da Anunciação (mandada construir por D. Afonso Henriques em 1164), que já sofreu várias transformações, sendo o actual edifício do Século XVIII.
·       Também do princípio do Século XVIII, podemos encontrar a Capela Barroca de Nossa Senhora dos Anjos, com imagens dos Séculos XVI e XVII.
·       Uma outra Capela, a de São Pedro, que é um templo modesto em estilo gótico, construído no Século XVI em granito da região.
·       Como não podia faltar, situado no Largo dos Combatentes da Grande Guerra, encontramos o Pelourinho (tipo pinha), que é uma peça do Século XVI, estilo Manuelino.
·       Depois, apreciando a beleza do Rio Alva, podemos ver a Ponte de um só arco, do período de D. Dinis, datada do Século XIV.
·       E como beleza natural, entre muitas outras coisas, não podemos deixar de fazer uma referência à Praia Fluvial de Avô, na zona marginal do referido Rio Alva, com uma variação de dois cursos de água diferentes, formando uma ilha (a Ilha do Picoto).
É claro que depois de tudo isto apetece-nos deambular por aquelas ruas da aldeia, onde quase todas as construções são em granito da região e onde encontramos ainda belos exemplares de antigos edifícios, felizmente muitos deles em bom estado de conservação e também apreciar as fontes ali existentes, as belas quadras em painéis de azulejos e ainda lindos poemas de poetas naturais daquela Aldeia.
Finalmente, e quase em jeito de “despedida”, é obrigatória uma paragem no miradouro,´de onde se pode apreciar toda esta beleza que se mistura de uma forma harmoniosa….!!!!

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quarta-feira, 28 de março de 2012

"AVELAR".......


Saíndo da Aldeia das Dez e percorrendo cerca de 10 kms por uma estreita mas belíssima estrada ladeada de mimosas, chega-se a uma pequena povoação, cuja placa de sinalização nos indica tratar-se da aldeia de  “AVELAR”, também no concelho de Oliveira do Hospital.
Logo que se chega fica-se surpreendido com a sua dimensão, por ser na verdade demasiado pequena….., mas como nos deparamos com a existência de uma capela (quando “espreitamos” pela estreitíssima rua principal), é para lá que de imediato a nossa curiosidade nos leva.
Mal se entra nessa rua principal, percebemos que não é necessário caminhar muito para chegarmos ao adro da dita capela, ou seja, ao outro extremo da aldeia….!!!!
Não se vê ninguém…., parece uma localidade deserta….., mas de repente surge-nos um casal (a Srª D. Lena e o Sr. Vasco, ambos aposentados e que decidiram regressar às origens), que nos “acolhe” naquele espaço de uma forma muito simpática e nos fala de quase tudo sobre aquela aldeia, onde apenas vivem 9 pessoas e onde parece nada acontecer……!!!!
Na verdade assim é…., quase nada acontece na Aldeia de AVELAR, a não ser a realização de duas festas anuais, uma delas pela altura da procissão do Santo Padroeiro (Santo Amaro).
Mas o dito casal, com muito orgulho, encarrega-se de mostrar a “sua” capela (uma construção do século XVI), que, graças ao trabalho, persistência, empenho e boa vontade dos habitantes da aldeia, aos poucos tem sido alvo de algumas obras de recuperação, que a tornaram num simples mas bonito e interessante espaço de culto, apesar da sua pequena dimensão, mas onde só se celebra missa, pela altura das duas já referidas festas anuais, excepto se houver uma missa encomendada….!!!
Esta foi mais uma interessante descoberta, não só pelo conhecimento adquirido sobre toda aquela zona onde esta Aldeia se insere e pela belíssima paisagem que a partir dali podemos usufruir, como também pelo contacto com 2 dos seus 9 habitantes, que simpaticamente conversaram sobre quase todos os aspectos da vida daquela Aldeia…..!!!!!!

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domingo, 25 de março de 2012

ALDEIA DAS DEZ


É mais uma bonita e interessante aldeia do Concelho de Oliveira do Hospital….
ALDEIA DAS DEZ
O nome só por si já é interessante e por isso mesmo, quase sem querer, somos levados até lá, pela curiosidade que nos desperta….
Logo à chegada deparamo-nos com um aglomerado de casas, mais ou menos dispostas em socalcos, umas mais antigas do que outras…., ruas estreitas e íngremes, à excepção da Rua principal que permite que a circulação se faça, razoavelmente, nos dois sentidos….
E assim lá vamos à descoberta até que se chega ao Largo Principal, onde encontramos uma Fonte e o Pelourinho.
Mas continuando rua fora e olhando com atenção para cada uma das perpendiculares (becos em escadaria), não podemos ficar indiferentes quando avistamos, por uma "nesga", uma construção que eu diria “curiosa”, por não se saber se aquilo que estamos a ver é a degradação total de uma edificação “completa”, ou se estamos perante uma construção que não chegou a ser acabada e da qual agora só ali restam as ruínas daquilo que deve ter sido, na época em que foi edificado, um Solar com muita dignidade…..!!!!
Apesar do elevado estado de degradação, encontra-se afixada na fachada principal, uma placa que nos indica tratar-se do “SOLAR PINA FERRAZ” ou “CASA DA OBRA”.
E, diante daquela “magnífica” construção, que tanto quanto se sabe é actualmente propriedade da Junta de Freguesia, ali se fica parado a admirar tanta beleza completamente em ruínas…..
Investigando um pouco mais sobre este solar, chega-se à conclusão que se trata de uma construção do Século XVIII, mandada edificar pelo Sargento-Mor MANUEL DE MATOS PEREIRA, Cavaleiro da ordem de Cristo, para sua residência, quando, em 17 de Setembro de 1721, se fixou na “Aldeia das Dez”, após o seu casamento com Dona Maria Borges da Natavidade, que pertencia a uma ilustre família natural daquela terra.
É também de referir que na fachada principal existe ainda o Brazão dos Pereiras, cujo uso lhe foi concedido por Carta Régia de D. João V, em Agosto de 1745, dado que o referido Manuel de Matos Pereira tinha um cargo dos mais importantes no exército da época e um posto bastante elevado dentro da hierarquia militar.
Mas sobre a “Aldeia das Dez” muito mais há para conhecer e admirar….., além do Santuário de “Nossa Senhora das Preces” e das belas paisagens que de lá se avistam, há ainda a sua “LENDA” que tem origem na reconquista da Península Ibérica e que está ligada à sua designação….
Segundo esta lenda, durante a reconquista Cristã, dez mulheres terão encontrado um tesouro numa caverna situada na encosta do “Monte Colcurinho”, e, conforme tradição oral (e não só, pois parece terem existido alguns documentos sobre o assunto), esse tesouro tinha um valor imenso, do qual essas dez mulheres se terão apercebido, pelo que, num pacto que persiste até hoje, elas terão separado as peças que compunham esse tesouro e tê-las-ão passado de geração em geração, mantendo por desvendar, até aos dias de hoje, o segredo que encerram.
Esta é mais uma aldeia das Beiras que vale a pena visitar.



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sexta-feira, 23 de março de 2012

VILA POUCA DA BEIRA


Passear pelas aldeias de Portugal é sempre uma experiência interessante, pelo conhecimento que é possível obter sobre a história do nosso povo.
Tudo quanto nelas encontramos nos remete para tempos longínquos e ajudam-nos a entender o modo de vida das populações, as suas tradições, as suas crenças….!!!
São as bonitas igrejas ou capelas, na sua maioria com vários séculos de existência, são os seus antigos solares, são as antigas mas modestas edificações…, enfim…., tudo tem uma história para nos contar e de todo o lado nos chegam as mais diversas e valiosas informações que tanto nos enriquecem…!!!
Vila Pouca da Beira é uma dessas aldeias, que, em tempos remotos (mais concretamente, até ao início do Século XIX), já foi Vila e até sede de concelho.
Actualmente é apenas uma freguesia do concelho de Oliveira do Hospital, cujo património é digno de ser visitado, nomeadamente o “Convento do Desagravo do Santíssimo Sacramento de Vila Pouca da Beira”, transformado num Hotel Histórico (uma das Pousadas de Portugal).
A História conta-nos que este Convento foi construído por obra e graça do Bispo Conde D. Francisco de Lemos de Faria Pereira, que mandou construir este edifício em finais do Século XVIII e hoje em dia a “Pousada do Convento do Desagravo” conserva toda a memória desse passado histórico.
Desde o início de Janeiro que a Pousada está a ser alvo de obras de recuperação/reabilitação, as quais ficarão concluídas no final do corrente mês.


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quarta-feira, 21 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA

Nada se Pode Comparar Contigo

O ledo passarinho, que gorjeia
D'alma exprimindo a cândida ternura;
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia;

O Sol, que o céu diáfano passeia,
A Lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da Aurora, alegre e pura,
A rosa, que entre os Zéfiros ondeia;

A serena, amorosa Primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A Deusa das paixões e de Citera;

Quanto digo, meu bem, quanto não digo,
Tudo em tua presença degenera.
Nada se pode comparar contigo.


(Bocage)

terça-feira, 20 de março de 2012

A PRIMAVERA CHEGOU....!!!


Mais uma Primavera que veio ao nosso encontro....., vamos recebê-la de braços abertos, com alegria e boa disposição....

É uma época muito bonita do ano....!!!!! Tudo renasce...!!!

A natureza encarrega-se de nos proporcionar belas paisagens e é preciso aproveitar toda e qualquer oportunidade para usufruirmos das raras belezas que nesta época podemos encontrar um pouco por toda a parte...!!!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

IGREJA DE DOIS PORTOS E CAPELA DO SIROL


No dia 16 de Março de 2012, a Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, organizou mais uma visita de estudo, desta vez à Igreja de São Pedro de Dois Portos e à Capela do Sirol.
A visita em apreço foi guiada pelo pároco da respectiva Freguesia, que, simpaticamente e com todos os pormenores, nos relatou a “história” destes dois belíssimos imóveis classificados de “interesse público”.
São na verdade dois belos Monumentos….!!!!
No que se refere à Igreja de São Pedro de Dois Portos, a sua construção remonta ao primeiro terço do Século XVI e é uma edificação manuelina que possui três naves divididas por arcos redondos e colunas quinhentistas, sendo as paredes forradas a azulejos da época em que ocorre a sua construção (Seculo XVI).
Nesta Igreja, além dos altares laterais que nos apresentam verdadeiras obras de arte sacra, são igualmente dignos de realce:
·       a capela-mor que é revestida em mármore rosa e negro e que apresenta um retábulo do final do Século XVII e quatro painéis em tábua (que representam a acção preponderante de São pedro no seio da Igreja Católica);


·       o tecto, todo em madeira, inspirado numa técnica muçulmana, rara em Portugal;

·       e a sacristia revestida a painéis de azulejos do Seculo XVIII.

Quanto à Capela do Sirol, ou “Capela de Nossa Senhora da Purificação”, trata-se de uma construção do Século XVIII, que apresenta no seu interior um interessante e surpreendente conjunto de trabalho em estuque que, além de revestir completamente as paredes e a abóbada, faz realçar, em ambos os lados da capela, quatro grandes painéis representando os Evangelistas S. Mateus, S. Marcos, S. João e S. Lucas.




No altar-mor encontra-se a imagem de Nossa Senhora com o Menino e na fachada existe uma inscrição que nos diz ter sido esta capela“benta a 20 de Julho de 1749”.
Foi mais uma interessante visita de estudo que me agradou particularmente, por ter ficado a conhecer estes dois belos Monumentos situados no Concelho de Torres Vedras.

sábado, 17 de março de 2012

ENCONTRO LUSO-AFRICANO...


Encontrar ou reeencontrar amigos, confraternizar com eles, é sempre muito agradável, faz-nos bem e dá-nos prazer....!!!!
E hoje foi isso mesmo que aconteceu....
No Casal de "TIRA BICOS", bem afastado do bulício e da confusão da cidade, a Palmira e o João Lopes fizeram questão de proporcionar a um pequeno grupo, um belíssimo convívio que, entre outras coisas, consistiu num almoço "à moda de Cabo-Verde": UMA DELICIOSA "CACHUPA", cuja receita obviamente é do João, mas, há mais de 30 anos que é confeccionada pela Palmira......e que estava simplesmente divinal....!!!!
Desde que visitei as Ilhas do Sal e de Santiago, já lá vão muitos anos (mais de uma dezena), que sou uma grande apreciadora deste prato tipicamente caboverdeano...!!!!
Desde então e sempre que podia, ía à Associação de Cabo Verde em Lisboa para degustar esta especialidade gastronómica......, mas,.......como esta que hoje tive o privilégio de saborear, confeccionada pela Palmira, nunca antes tinha comido.....!!!!!
Depois....., todos os "mimos" a que a Palmira desde há muito nos habituou, mais uma vez não faltaram....
Aquele bolo delicioso feito de "doce de nabo" (que eu nem sequer imaginava que seria possível fazer doce de nabo), até a uma especialíssima salada de frutas (polvilhada com manjerona), sem esquecer o delicioso café preparado pelo João...., estava tudo uma maravilha....!!!!
Além disso, a conversa entre todos, fluíu de forma simples e natural, com boa disposição, o que é sempre bastante agradável e que nos faz até perder a noção do tempo....!!!!
Depois seguiu-se a visita à quinta.....!!!!!
Desde a "horta" à enorme variedade de plantas e árvores exóticas que o João orgulhosamente nos mostrou e de todas elas nos disse os seus "nomes", até aos cantos e recantos bem aproveitados em cada socalco, no meio da vegetação (que para mim são verdadeiros "espaços ZEHN"), tudo me surpreendeu e ao mesmo tempo me deixou encantada....!!!!
Com pena, mas porque outras obrigações me esperavam, tive de me ausentar antes do terminus daquele agradável convívio, mas, como os agradecimentos nunca são demais, mais uma vez, ao casal anfitrião, o meu MUITO OBRIGADA....



Cachupa no Casal de Tira Bicos Slideshow: Albertina’s trip to Torres Vedras, Estremadura, Portugal was created by TripAdvisor. See another Torres Vedras slideshow. Create a free slideshow with music from your travel photos.






CONVENTO DO VARATOJO.....


Como grande admiradora e apreciadora que sou, de Mosteiros e Conventos, já tenho aqui apresentado alguns textos e fotos de visitas já efectuadas a monumentos desta natureza.
Mas desta vez considerei importante escrever e dar a conhecer, o Convento de Santo António do Varatojo, em Torres Vedras…, inaugurado em finais do Século XV, por D. Afonso V, para a Ordem de São Francisco e que ainda hoje alberga uma comunidade monástica, que produz e vende plantas e remédios naturais, sendo a este propósito de referir que no espaço da cerca conventual existe uma frondosa mata à qual se atribui  um elevado valor botânico .
Trata-se de um monumento nacional, desde finais do Século XV, mas que, nos Séculos XVII, XVIII e XX, teve obras de beneficiação e ampliação, conservando da primitiva traça, apenas a fachada e a porta.
É no entanto um edifício digno de uma visita demorada, não só:
·       Pela sua uma lindíssima Igreja, de uma só nave, com as paredes revestidas a azulejos do Século XVIII e altares laterais revestidos por talha barroca com banquetas de mármore embutido e a capela-mor que é considerado o espaço mais rico da Igreja…
como também porque dispõe de outras riquezas, nomeadamente:
·       A sacristia (sendo aqui de realçar duas tábuas do Século XVII representando o Milagre da Mula e o Pentecostes);

·        O claustro do tipo gótico, com dois andares, onde se encontra o nicho de Santo António com azulejos policromados representando o Santo;

·       E a sala do Capítulo, pelos azulejos e pelas várias telas;

·       O tecto do andar térreo decorado com o emblema de D. João V;

·       A porta manuelina que dá acesso à capela de Senhor Jesus, forrada de azulejos de ponta de diamante.
Neste Convento podemos ainda visitar, mesmo defronte da Igreja, a Capela de Nossa Senhora do Sobreiro, construída em 1777.
É uma visita que se impõe……!!!!!!

sexta-feira, 16 de março de 2012

VOLTAR A PAREDES DE VITÓRIA.......



É sempre bom voltar aos locais já em tempos visitados ou frequentados, sobretudo se tais locais nos trazem à memória boas recordações e bons momentos vividos….!!!!

No caso concreto de Paredes de Vitória, o facto de o Dr. Novais Granada ter recentemente (aquando da visita de estudo com os alunos da AUTITV, aos Coutos de Alcobaça), explicado a enorme importância desta localidade, na época dos Monges de Cister, fez aguçar, ainda mais, o “meu apetite” para voltar e conhecer um pouco melhor este lugar encantador….

Na verdade é uma localidade com “História” e muitas histórias para contar….

Paredes de Vitória situa-se no litoral norte do concelho de Alcobaça.

As referências à povoação são muito antigas, mesmo da época dos Romanos, existindo mesmo vestígios na Serra d’Aires e Candeeiros de uma estrada romana que faria a ligação entre Tomar e o porto de Paredes de Vitória.

A importância deste porto de mar já vem desde os Séculos XII e XIII, e, mais tarde, sob o domínio do “COUTO CISTERCIENSE DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA”, a sua importância aumentou grandemente, pois era a partir dali que eram exportados os produtos agrícolas da região, sendo de realçar que Paredes de Vitória era uma das 14 Vilas que faziam parte dos “Coutos de Alcobaça” e um dos 4 principais portos de mar…

No entanto o porto de Paredes de Vitória acaba por desaparecer, devido ao seu assoreamento e desmoronamento, na sequência de uma violenta tempestade entre 1450 e 1500 e consequente e progressiva degradação.

Actualmente é uma bonita povoação e um belo local de veraneio, com praias de extensos areais, com vistas magníficas, por onde apetece passear, sem pressa, sem quaisquer condicionalismos, de tempo ou de qualquer outra natureza, por forma a “saborear” a “paz” e a “tranquilidade” que o lugar nos proporciona….!!!!!

 É ainda de realçar a existência de uma modesta mas bonita capela em honra de Nossa Senhora da Vitória (local de culto para os habitantes da povoação, apenas uma vez por mês) mas que, curiosamente, teve ontem a visita do Senhor Bispo de Leiria.



Paredes de Vitória Slideshow: Albertina’s trip to Alcobaca, Estremadura, Portugal was created by TripAdvisor. See another Alcobaca slideshow. Create your own stunning free slideshow from your travel photos.


domingo, 11 de março de 2012

PALÁCIO FOZ, IGREJA E MUSEU DE SÃO ROQUE...


Na passada sexta-feira, 9 de Março de 2012, foi dia de ir até à Capital para uma visita ao Palácio Foz e à Igreja e Museu de São Roque, com um grupo de alunos da Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras.
Quanta coisa bonita temos (às vezes bem perto de nós) e, por falta de oportunidade, não conhecemos....????
Na verdade, tantas e tantas vezes a passar mesmo junto àquele edifício, que eu imaginava ser um edifício vulgar, sem fazer a mais pequena idéia de como seria o seu interior, não obstante a sua imponente fachada, e, assim de repente, sou surpreendida com um sumptuoso palácio, que me deixou sem palavras....!!!!
O Palácio Foz ou “Palácio Castelo Melhor” .

Pode-se dizer que foi um deslumbramento para todo o grupo, até mesmo para aqueles que antes já o tinham visitado, pelo admirável tesouro que é o seu interior….!!!!!
Desde logo, o "VESTÍBULO" onde deparamos com a escadaria nobre com os seus três lances de ferro forjado, aço polido e bronze fosco;
Depois, a "GALERIA" que nos apresenta uma preciosa lâmpada suspensa de bronze e cristal biselado;
A seguir, a "SALA DA LAREIRA", toda revestida em madeira de carvalho, rodeada por lambrim de talha fina e onde se encontra uma bela lareira em mármore embutido.
Logo ao lado, a "SALA DOS ESPELHO", com uma área de 170m2 e uma altura de 14m, explêndida como nenhuma outra no aparato decorativo, dando-nos a senção que estamos no Palácio de Versailles;
Também a "SALA LUIS XVI", embora apenas com 70m2 de área, é igualmente um espaço sumptuoso, o que aliás se repete na "SALA DOS PAINÉIS", também estilo Luis XVI, onde se encontra um grande lustre do Século XVIII;
Na "SALA DE JANTAR", do mais puro estilo Luis XIV, podemos admirar três grandes lustres de cristal de Veneza.
Enfim, tudo isto e muito mais, nomeadamente  a "GALERIA DOS BUSTOS", com janelas para o jardim e a "ABADIA", situada na cave doi edifício, constítui um verdadeiro e valioso Património Artístico, que nos deixou a todos, simplesmente maravilhados....!!!!!

Seguiu-se a visita à Igreja e Museu de São Roque, depois de termos efectuado uma pequena viagem no Elevador da Glória, desde a Praça dos Restauradores até ao Bairro Alto.
Quer a Igreja, quer o Museu situam-se no Largo Trindade Coelho, também conhecido por Largo da Santa Casa, em pleno centro histórico da cidade de Lisboa.
A Igreja de São Roque, de acordo com a tipologia jesuíta, apresenta uma fachada sóbria e austera. É de uma só nave e possui um rico e amplo espaço interior composto por oito capelas, agrupadas quatro a quatro, profusamente decoradas a talha dourada e mármore, uma delas dedicada a São João Baptista, onde actualmente decorrem obras de restauro.
O Museu de São Roque, anexo à Igreja, apresenta uma valiosa colecção de arte sacra portuguesa ligada à Ermida de São Roque e à Companhia de Jesus, onde podemos apreciar pinturas esculturas e ourivesaria de meados do Século XVI a 1768, período que corresponde à permanência da Companhia de Jesus na Igreja.
É de facto uma visita que vale a pena....!!!!!
Palácio Foz, Igreja e Museu de São Roque Slideshow: Albertina’s trip to Lisbon, Estremadura, Portugal was created by TripAdvisor. See another Lisbon slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

quarta-feira, 7 de março de 2012

AS PEDRAS........!!!!!!!

                                                               

(Maria Alberta Meneres)


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AS PEDRAS  
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.

Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.

Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.

Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.

Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.

As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.



Maria Alberta Menéres, Conversas com versos