sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ANIVERSÁRIO....!!!!!


Pai.....!!!!
Hoje seria o dia do seu aniversário, se ainda estivesse entre nós…….

Há muitos, muitos anos……, quando a família ainda estava “inteira”…., este era um dia de festa…., aliás como sempre acontecia, não só por altura de qualquer aniversário, como também noutros dias, festivos ou não, já que, a boa disposição para comemorar o que quer que fosse, era uma constante.....

A família (os mais próximos e os mais afastados também), os amigos….., todos se reuniam lá em casa e a animação durava o dia inteiro e ía pela noite dentro…

A mãe gostava de receber muita gente…., sentia-se muito feliz por juntar todos à volta daquela enorme mesa, onde ela dificilmente tinha tempo para se sentar, já que o seu papel de anfitriã obrigava-a a andar sempre de um lado para o outro, a zelar para que nada faltasse…., sempre atenta se todos já se tinham servido, se as bebidas não faltavam, se os doces eram do agrado de toda a gente, se era necessário confeccionar, de última hora, alguma coisa diferente para alguém que não pudesse ou não gostasse do que previamente tinha sido preparado…, enfim…., não parava…., mas sempre com boa disposição e sem demonstrar quaisquer sinais de cansaço….

Mas infelizmente tudo isso acabou......., há pelo menos 17 anos que a nossa casa deixou de ser o cenário de grandes festas, de alegres e animadas reuniões de amigos……..

Muitos desses familiares e amigos já partiram também e embora restem ainda alguns dessa época, que alegremente contribuiram para essas “farras”, são já poucos…., muito poucos…..!!!!!

Neste dia 30 de Setembro, já não faz sentido cantar os parabéns, já que a ausência implica ficar em silêncio, pelo que, neste 92º aniversário, só me resta RECORDAR……!!!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O BAIRRO DA MOURARIA....!!!!


A Mouraria está a mudar…..!!!!!

Até 2013 a Câmara Municipal de Lisboa espera ter concluídas as obras de reabilitação da Igreja de S. Lourenço, de 8 edifícios de habitação e de 2 equipamentos sociais. Além disso espera-se também que sejam criados um Centro de Inovação da Mouraria, um espaço dedicado ao fado, uma oficina da guitarra portuguesa, um jardim infantil e uma cozinha comunitária.

Para assinalar o arranque das novas obras no Bairro da Mouraria, a Companhia Ópera do Castelo leva até ao Largo do Intendente, amanhã dia 30 de Setembro de 2011, uma ópera ao ar livre.


A Mouraria está a mudar…..!!!!!!ao som da ópera.

DIA DO SOLTEIRO(A)............



Dia 29 de Setembro

Dia do solteiro(a)


A tendência mundial de crescimento da população solteira, é cada vez maior e como é óbvio, Portugal segue essa tendência…..

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), existem cada vez mais pessoas “singles”, o que naturalmente não significa que estejam sozinhas….

Hoje em dia, ser solteiro é uma opção de vida…..



Parece que o matrimónio deixou mesmo de ser o principal objectivo para os solteiros e, segundo estudos efectuados, a percentagem dos jovens que actualmente ainda decidem casar, ronda apenas os 33%....,


É de facto muito pouco….

Mas enfim……, mudam-se os tempos e as vontades também…..e a grande maioria dos nossos jovens considera que, quer a assinatura do contrato (casamento),


quer a respectiva cerimónia religiosa, em nada contribui para a sua felicidade e por isso, cada vez mais, decidem-se pela “união de facto”….

Não sei se terão razão…..!!!!!! mas para a nossa geração é um pouco difícil entender esta nova forma de estar na vida…..


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MÁRIO DE SÁ CARNEIRO



Filho e neto de militares, nasceu no seio de uma família abastada, mas, tendo ficado orfão aos dois anos, foi entregue aos cuidados dos avós, tendo ido viver para a Quinta da Vitória em Camarate, onde passou uma grande parte da sua infância.

Com 12 anos de idade iniciou-se na poesia e no liceu teve algumas experiências como actor e começou a escrever…

Em 1911, com 19 anos, foi para Coimbra estudar direito, mas não chegou a concluir sequer o 1º ano.

Foi então que partiu para Paris com o intuito de prosseguir os estudos superiores na Sorbonne, mas dedicou-se mais à vida boémia, deixou de frequentar as aulas e, para combater as suas frustrações e desesperos, ligou-se emocionalmente a uma prostituta.

Foi neste ambiente que compôs grande parte da sua obra poética.

Foi grande amigo de Fernando Pessoa e Almada Negreiros e foi com estes que integrou o primeiro grupo modernista português que pretendia escandalizar a sociedade burguesa e urbana da época, tendo sido responsável pela edição da revista literária “ORPHEU”, em 1915.

Como a vida que levava não lhe agradava e aquela que idealizava tardava em concretizar-se, entrou numa crescente angústia que o conduziu ao suicídio….., contava apenas 25 anos…….

Um dos seus mais belos poemas “FIM”, revela bem como foi extravagante tanto na morte como em vida…..!!!!!

FIM

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

OS SONS DA NOSSA INFÂNCIA......!!!!!


Dependendo dos locais onde crescemos, assim são os sons que recordamos daquela época tão longínqua….

Há quem se recorde dos sons provenientes do bulício de uma grande cidade, há quem nunca tenha tido contacto com essa realidade por ter nascido e crescido na pacatez de pequenas vilas ou aldeias e por isso o que recordam são os sons próprios da respectiva zona envolvente, ou ainda aqueles que, por terem passado a sua infância em locais isolados em zonas serranas, em contacto com a natureza no seu estado mais puro, lembram hoje, e identificam na perfeição, os sons da água nos riachos, do chilrear dos pássaros, do zumbir dos insectos......, os sons da folhagem do arvoredo em dias de vento....., enfim…, uma imensidade de situações que, ao serem recordadas, têm o dom de nos transportar a essa fase da nossa vida que sempre lembramos com grato prazer…..

Nasci e cresci no campo e por isso também identifico, entre outras coisas, os sons e aromas provenientes da terra e não resisto a uma bela paisagem campestre…..

Hoje, numa pequena deslocação de carro, ao passar junto a uma área de terreno de cultivo, não resisti e parei……
Fui ao encontro do tempo…!!!!
Saí do carro e admirei a terra recentemente lavrada…….


Senti o cheiro que de lá vinha, ouvi e vi pequenos sapos que saltitavam por entre os sulcos deixados pelo arado, algumas galinhas cacarejavam ao mesmo tempo que se deliciavam a depenicar minhocas……

Um pouco mais adiante, alguns camponeses, remexiam na terra e conversavam sobre a sementeira……

por instantes fechei os olhos e deixei-me levar por aquele cheiro, por aqueles sons e recuei no tempo, pelo menos 50 anos……..
Gostei.....!!!!!!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UM GESTO BONITO......!!!!!!!



No âmbito da campanha de embelezamento da cidade de Setúbal, promovida pela respectiva autarquia, as intervenções que teriam um custo estimado na ordem de um milhão de euros, foram efectuadas por mais de cinco mil voluntários que participaram na requalificação de mobiliário urbano, pintura de edifícios e de muros de escolas e jardins…..

Esta campanha decorreu de sexta a domingo e teve uma forte adesão, quer por parte das escolas e empresas, quer ainda por parte de muitas famílias……

Procedeu-se à plantação de árvores e à pintura de edifícios de colectividades e de bancos situados nas principais artérias da cidade, nomeadamente na Avenida Luisa Todi e na Praça do Bocage.

Sem dúvida que, com este gesto tão bonito todos estão de parabéns e acredito também que, todos se sentem com certeza orgulhosos com esta experiência extraordinária……

Bem hajam!!!!!!




domingo, 25 de setembro de 2011

CESÁRIA ÉVORA.....!!!!!


Na sequência de um AVC, Cesária Évora encontra-se internada num hospital de Paris, desde sexta-feira, com diagnóstico clínico ainda reservado.

Para recordar a "DIVA DOS PÉS DESCALÇOS", aqui fica este video:



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O OUTONO

Hoje chegou o Outono

Diz-se que o Outono é a Natureza a envelhecer……, talvez seja,…. mas mesmo assim não deixa de ser uma época do ano encantadora!!!!!


É certo que os dias ficam mais curtos e mais frios, mas o Sol, quando aparece, tem um brilho especial !!!!! É o sol dourado do Outono……., depois, as cores maravilhosas das folhas das árvores e dos arbustos tornam a paisagem um deslumbramento……e quando as árvores se despem, as folhas que cobrem o chão dos parques e das ruas formam autênticos tapetes e a paisagem mais uma vez se modifica e mais uma vez volta a deslumbrar-nos…

Pese embora o facto de este período anunciar a chegada do Inverno (aquela época do ano da qual poucas pessoas gostam, pelas  más condições climatéricas que se fazem sentir, em que os dias são tristes, cinzentos e sem sol), vamos aproveitar, bem, este Outono que hoje começou e vamos desfrutar de tanta beleza que esta estação do ano envolve….

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poeta e Diplomata Português



ANTÓNIO FEIJÓ

Foi um poeta e diplomata português.


Nasceu em Ponte de Lima, em 1859 e faleceu em Estocolmo, em 1917, com 58 anos de idade.


Fez o liceu em Braga e estudou Direito em Coimbra, tendo concluído o curso em 1883.


Ingressou na carreira diplomática em 1886 e exerceu cargos nos consulados dos Estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul, no Brasil.


A partir de 1895 foi cônsul de Portugal na Suécia, Noruega e Dinamarca.


Eis um interessantíssimo poema de António Feijó.
O AMOR E O TEMPO

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»

— Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Por que voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento.

Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!»

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MORREU UM ARTISTA DO PORTO


JÚLIO RESENDE



O Pintor Júlio Resende, nascido no Porto a 23 de Outubro de 1917, faleceu hoje, aos 93 anos de idade.

 Frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e de Paris…

Em 1946 apresentou a sua primeira exposição em Lisboa.

Obteve uma bolsa de estudo no estrangeiro e nessa época tomou contacto com as obras de Picasso e Goya, aquando da sua passagem por Madrid e Paris, o que o fez despertar para a pintura abstraccionista.

Voltou a fixar-se no Porto, sua terra natal na década de 1950 e dividiu o seu tempo entre a pintura e o ensino.

As suas obras foram expostas em todo o mundo.

Foi membro da Academia Real das Ciências, Letras e Belas Artes Belgas, em 1972 e, 10 anos mais tarde, recebeu do rei de Espanha as insígnias de Comendador de Mérito Civil de Espanha.

Em Portugal foi distinguido com o prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte).

No Porto, Júlio Resende criou dois painéis cerâmicos para o Hospital de S. João e ainda o gigantesco painel de Azulejos “RIBEIRA NEGRA”, existente à saída do tabuleiro da Ponte de D. Luis I.

Alguns dos seus trabalhos estão em exposição na GALERIA BAGANHA, no Porto, que representou o Pintor Júlio Resende nos últimos três anos.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

UMA CANÇÃO DE 1949 .....!!!!!!!!! - ADEUS -


Passaram tantos anos, desde que esta canção foi divulgada pela Emissora Nacional........ !!!!!! Mais de 60 !!!!!!

Quantas vezes ao longo da nossa vida, por este ou por aquele motivo, não nos recordamos de tantas coisas belas da nossa infância???? De histórias que nos eram contadas, de canções que nos cantaram e que mal ou bem nós também aprendemos a cantarolar???

Esta canção e esta voz fabulosa, apresentadas no vídeo aqui publicado, fazem parte do meu imaginário infantil…

Eu era ainda muito pequena mas lembro-me perfeitamente de ouvir este grande êxito da inesquecível e saudosa  JÚLIA BARROSO …, além disso, toda a gente a trauteava, o que acabava por ser contagiante….., era na verdade uma canção muito bonita…..

Ao remexer por entre livros, papéis, fitas magnéticas e outras velharias, encontrei referências a esta grande artista algarvia, natural de Lagos e ao seu grande êxito “ADEUS”, que ficou como ex-libris da carreira, daquela que foi a primeira de todas as rainhas da rádio……, depois, pesquisando na net, foi fácil encontrar este vídeo.

O poema e a interpretação são de facto lindos..

Ora então oiçamos:





domingo, 18 de setembro de 2011

GERAÇÃO À RASCA.......



Desde há uns meses a esta parte muito se tem escrito sobre este tema e, com certeza, todos nós já lemos bastante àcerca do assunto….

No entanto, a este propósito, MIA COUTO escreveu também o que a seguir se transcreve…

Vale a pena ler!!!!!!

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“UM DIA, ISTO TINHA DE ACONTECER 


(Mia Couto)


Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?”


TER ESPERANÇA.....!!!!!!!


A Esperança é um sentimento que alimenta o lado positivo da vida e poder-se-á até dizer que é a única fonte de força que nos permite dar um sentido à existência e ao futuro…..

Normalmente somos impelidos a vincular a “Esperança” a sentimentos como: a paciência, a resignação, a prudência….., e, com esta atitude, muitas vezes silenciamos sentimentos, travamos emoções e atitudes, mais do que seria normal, com o intuito de aprendermos a perceber o que podemos mudar….., de aceitar o que não podemos alterar…, mas sobretudo de aprendermos a esperar até que o tempo nos mostre a diferença das coisas.

Com bastante frequência utilizamos termos e frases que são bem demonstrativos da existência de Esperança, nomeadamente: “logo se vê……”, ou, “qualquer dia………”, ou ainda, “um dia quem sabe se………..”.

Muito embora esta Esperança aqui revelada seja por assim dizer, uma “Esperança moribunda”, ou, na melhor das hipóteses, “uma Esperança vã”, seja lá como for, o importante é não perdê-la, porque afinal ter Esperança é encher a vida de vida….e é bom…, muito bom, vivermos na Esperança de alguma coisa……

sábado, 17 de setembro de 2011

QUASE OUTONO........


Nesta época do ano já se começa a fazer sentir a falta de vontade de ir passear a Santa Cruz….

Realmente com o verão a despedir-se, o Outono já se faz anunciar...., sobretudo com as manhãs cinzentas e os dias a apresentarem-se um pouco frios e isso, para muitas pessoas, logo à partida é um factor determinante que lhes provoca um certo afastamento do mar….

E foi o caso de hoje…., um vento algo desagradável, um sol que fez a sua aparição já tardiamente, um friozinho que convidava a um agasalho…, enfim…., aí estão os primeiros sintomas de que, VERÃO….., só para o ano…..!!!!!

No entanto apesar das condições climatéricas não serem as da semana passada, Santa Cruz obsequiou hoje os seus visitantes com um mar prateado que deslumbrava todos os que paravam para apreciar aquela majestosa paisagem….

Não são muitos os dias, ao longo do ano, que temos o privilégio de ter, diante dos nossos olhos uma paisagem daquelas…..

Porque hoje o mar estava realmente lindo….!!!!!