Quando viajamos por
esse país fora, sobretudo se o fazemos por estradas secundárias que atravessam
pequenas localidades, aldeias e vilas, sempre encontramos alguma coisa de
especial e diferente que nos surpreende e que aguça a nossa curiosidade, por
não se enquadrar naquilo que previamente tínhamos projectado visitar e que
retirámos de um qualquer roteiro turístico….
E quando tal acontece,
aí vamos nós de olhos e ouvidos bem abertos para que nada nos escape, tentar
saber do que efectivamente se trata, o que é na actualidade ou o que foi em
tempos idos, quem fez ou mandou fazer e com que objectivo…., enfim…, às vezes, perante
coisas tão surpreendentes, são mil e uma as perguntas que poderão colocar-se,
assim haja quem saiba e tenha vontade de responder……
E precisamente há
alguns dias atrás (mesmo sem estar a fazer turismo), aqui perto e bom caminho e
para evitar as portagens da A8 de Lisboa para Torres Vedras, decidi, a partir
de Loures, entrar na EN374 e em boa hora o fiz, pois ao aproximar-me do “Cabeço
de Montachique”, mais concretamente na localidade de “Tocadelos”, olhei para a
minha esquerda e qual não é o meu espanto quando, mesmo a curta distância da
estrada, reparei na existência de umas “majestosas” ruínas que se erguem
precisamente na encosta do Cabeço….´!!!!!
É claro que, de
imediato, fiz inversão de marcha e entrei num caminho (um pouco enlameado pelas
chuvas dos últimos dias) que leva precisamente às ditas ruínas…
Fiquei espantada com a
grandiosidade daquela construção que teria sido (pensava eu) uma fortaleza?....
Um convento?... Um mosteiro?……, enfim…, para mim naquele momento e perante o
que os meus olhos viam, tudo aquilo era um perfeito “mistério”….
Mas o passo seguinte
foi precisamente pegar na máquina fotográfica e captar o máximo de imagens
possível….., a seguir, e depois de várias voltas à edificação em apreço e de
cerca de meia centena de fotos tiradas, era preciso encontrar alguém, residente
na localidade, que minimamente pudesse elucidar sobre aquela surpreendente
construção…., mas não…., não havia ninguém por ali e as dúvidas persistiram…..!!!!
No entanto pesquisando
na net encontrei alguma informação sobre aquela misteriosa edificação, que
afinal tinha como objectivo destinar-se a um sanatório/albergaria para
raparigas pobres que na época estivessem a padecer de tuberculose, o qual começou
a ser construído em 1918, mas que não chegou a ser concluído por falta de
verba.
Sabe-se que na época, o
terreno para aquela construção com cerca de 3.500 metros quadrados, foi doado
por um particular de seu nome “Francisco Almeida Grandella”, em nome da “Sociedade
dos Makavenkos”.
E assim, decorridos
quase cem anos após o início daquela construção, ali estão apenas as ruínas……
Temos no nosso país peças de extrema importância que fazem parte do nosso património
industrial e a “Fábrica da Pólvora de Barcarena”, no concelho de Oeiras, é uma delas.....!!!!!
Integrada num grupo de alunos da Universidade Sénior de Torres Vedras, tive
há dias a oportunidade de visitar aquele que hoje é considerado um histórico
complexo industrial.
Esta fábrica começou por ser designada po “Ferrarias d’El-Rei”,
dado que naquele local foram instituídas ferrarias para fabrico de armas, que
tiveram início no reinado de D. João II e também mais tarde, já no reinado de
D. Manuel I, que foi o fundador de várias fábricas de armas em Portugal.
Ao longo dos tempos a unidade fabril foi sendo alargada e a sua actividade
passou a ser o fabrico da pólvora, tendo consistido num polo de
desenvolvimento, quer da região onde se insere, quer do país, pois chegou a
empregar cerca de 500 trabalhadores….
Apesar de ao longo dos séculos ter acompanhado a evolução dos tempos,
alargando as suas instalações e investindo em equipamentos e maquinarias cada
vez mais adequadas às necessidades de fabrico, passou também por muitas e
grandes vicissitudes, pelo que em 1988, a “Fábrica da Pólvora de Barcarena” paralisou
a sua actividade, definitivamente.
A partir de 1995, este complexo, composto por diversos edifícios dispersos
por uma área de cerca de 40 hectares, passou a ser propriedade da Câmara
Municipal de Oeiras, que o transformou num grande centro de cultura e lazer,
onde podemos encontrar, não só o “Museu da Pólvora Negra” (que nos proporciona
um conhecimento de toda a história da fábrica, desde os primórdios), mas também
muitos outros espaços de interesses variados, nomeadamente uma galeria de arte,
restaurante, bar, jardins e locais adequados a espectáculos ao ar livre.
Após a visita a este admirável espaço, tomamos consciência da sua
grandiosidade e da importância de tudo quanto ali encontramos, chegando à
conclusão que este local merece ser revisitado por forma a descobrir tantos e
tantos cantos e recantos repletos de história…..!!!!!
Nasceu no dia do trabalhador (1 de Maio de 1959) e faleceu no dia 24 de Abril de 2012, véspera do dia em que se comemora os 38 anos da revolução de Abril.
Às vezes apetece
escrever só por escrever….., não é que haja alguma coisa em especial para se
dizer, mas é como se aquilo que sentimos fosse uma enorme necessidade de falar,
de desabafar, às vezes até mesmo de “gritar”……!!!!
·Mas falar para dizer o quê, se o que
temos para dizer não interessa a ninguém senão a nós próprios?
·Desabafar com quem, pois mesmo se houvesse
alguém com quem pudéssemos fazê-lo, certamente que não nos entenderia?
·Gritar porquê e para quê, se de nada
adiantaria nem isso nos traria algum bem estar?
Enfim….., são tudo
estados de alma para os quais tem de haver alguma capacidade para os
ultrapassar e muitas vezes isso só se consegue, por exemplo, com um lindo dia
de sol…, com uma paisagem deslumbrante…, com um passeio a pé por sítios que nos
encantam, etc……, mas hoje nada disso é possível…..!!!!
A chuva e o vento que
ao longo de todo o dia se têm feito sentir, impedem toda e qualquer tentativa
de sair, de andar pela cidade ou pelo campo, de espairecer……e assim ficamos
confinados ao “espaço casa”, olhando pela vidraça um céu totalmente cinzento, a
chuva que teima em cair….e então pouco nos resta a não ser:
·escrever um pouco;
·ler alguma coisa;
·e obviamente, também, ouvir boa música.
por isso a minha
escolha hoje foi para um belíssimo CD da “Camerata Vocal de Torres Vedras”.
Quem não gosta de fazer surpresas e de ser surpreendido????
Creio que todos nós gostamos de arquitectar uma boa surpresa e de sermos agradavelmente surpreendidos.....!!!!
Em princípio, quem surpreende tenta fazê-lo pela positiva, pois certamente considera que isso origina um estado de satisfação enorme e permite grandes alegrias a quem é surpreendido.....
Contudo, parece não haver dúvida de que, quando um tal projecto é iniciado (a preparação da surpresa), ficamos bastante empolgados com todas as idéias que nos vão surgindo, por forma a podermos alcançar os nossos objectivos e tornar a surpresa inesquecível, o que desde logo nos deixa imensamente felizes....!!!
O certo é que, quando somos bem sucedidos sentimo-nos vitoriosos, mas a vida nem sempre nos permite concretizar todos os projectos que idealizamos, sejam eles quais forem....!!!!
Ou seja...., há surpresas que não chegam a sê-lo......, ficam pelo caminho.......!!!!!
Há dias em que acordamos decididos a fazer certas coisas, a tomar certas atitudes, que efectivamente, vistas por outros olhos que não sejam os nossos, pouco ou nada têm de correcto....., apesar de não ir ao ponto de afirmar que são completamente incorrectas ou descabidas...., não......, isso não...,.... pelo menos para quem as pratica elas consubstanciam a atitude mais certa deste mundo....
Normalmente tais decisões surgem sempre na sequência de uma grande vontade, de um enorme desejo que nasce dentro de nós de: "irmos", de "estarmos", em determinados sítios.....,sabe-se lá porquê e para quê....!!!!
O que é facto é que depois de "irmos" e de "estarmos", sentimo-nos muito bem e com a convicção de que fizemos o melhor.....!!!
E o que poderá originar uma tal situação?
A conclusão a que chego é que, para se ter ou sentir um impulso tão forte que nos "empurra" para uma tal decisão, é porque aquilo que o originou é, com certeza, qualquer coisa igualmente muito forte que, contra ventos e tempestades, se impõe e prevalece.......
Antero de Quental, poeta e escritor português nasceu a 18 de Abril de 1842, em Ponta Delgada – Açores, há precisamente 170 anos.....
Contemplação
Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre idéias e espíritos pairando...
Que é o mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...
E d'entre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido
Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentido...
A arte, nas suas mais variadas formas, sempre me encanta e me surpreende, sobretudo se a descubro em locais onde nem sequer poderia imaginar…..
E foi isso mesmo que me aconteceu na passada sexta-feira, dia 13 de Abril, quando tive oportunidade de assistir a um belíssimo espectáculo, naquele que é considerado o “espaço” para representações, mais emblemático da cidade de Faro, o “TEATRO LETHES”, àcerca do qual já tive oportunidade de escrever e publicar neste blog, no dia. 22 de Dezembro de 2010, um breve texto que resumidamente fala sobre a origem desta edificação e também do significado do nome que lhe foi atribuído…… “LETHES”, que é a “designação de um mítico rio, cujas águas tinham o poder mágico de apagar da lembrança das almas, os reveses e as agruras da vida”.
Mas voltando ao espectáculo em apreço, todo ele produzido por gente de “BORDEIRA”, verdadeiros artistas, cheios de entusiasmo e muita garra, deixou maravilhados todos quantos ali se deslocaram para participar naquela “festa”….
Bordeira, um dos sítios pertencentes à Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, Concelho de Faro, que eu desde há muito conhecia pela sua forte tradição na arte de trabalhar a pedra (cantaria), pelos tradicionais cantares de ano novo (no Algarve designados por “CHAROLAS”) e também como sendo a “TERRA DO ACORDEÃO”, teve a capacidade de me surpreender, com belíssimas vozes que interpretaram diversos tipos de Fado e também com os executantes de Viola e Guitarra Portuguesa que, sinceramente, me deslumbraram….!!!!
Sabia, na verdade, que as gentes de Bordeira, no que às referidas Charolas diz respeito, não há quem os ganhe…, sabia também que é a terra de grandes acordeonistas, dado que lá nasceram e viveram grandes nomes (compositores e executantes) do acordeão, de entre muitos, “JOSÉ FERREIRO (PAI)”, o autor do célebre corridinho “ALMA ALGARVIA”, mas desconhecia que por lá também se cantava o Fado (e muito bem) e que se tocava guitarra portuguesa com tanta mestria….!!!!
A possibilidade de estarmos em contacto com a natureza deve ser das melhores coisas que nos podem acontecer….!!!!
Admirar o mar num dia de sol mas com ondas que atingem vários metros de altura, presenciar toda aquela revolta que o transforma em montanhas de espuma quando vem desmaiar na praia……, é sem dúvida um espectáculo deslumbrante….!!!!
Usufruir de espaços verdejantes, por onde o sol apenas espreita por entre os ramos da árvores, onde o silêncio é absoluto e onde podemos respirar ar puro e inalar os odores provenientes de várias espécies de árvores e plantas, é simplesmente maravilhoso, faz bem à saúde, à mente, ao espírito, rejuvenesce……, enfim…, dá-nos vida…., dá-nos energia…..!!!!!
Mas tudo isso está ao nosso alcance, desde que queiramos, desde que estejamos dispostos a quebrar a rotina e ir ao encontro dessas belezas naturais….!!!!
Hoje decidi retemperar forças e marquei um encontro com a natureza…..e o resultado foi este……!!!! Um misto de mar e mata….!!!!
Foi um “DOIS EM UM” que me fez sentir muito bem…..!!!!!
Actualmente é bastante frequente chegarmos a uma cidade , vila ou aldeia, com a intenção de visitarmos uma Igreja e não termos essa possibilidade, a não ser que o momento da nossa chegada ao local seja coincidente com o horário de uma missa…..!!!!
Na verdade as Igrejas encontram-se sempre fechadas, devido à onda de assaltos que nos últimos tempos têm ocorrido um pouco por toda a parte….!!!!
E como para os “profissionais do roubo”, se tem tornado difícil a entrada nas Igrejas (tendo em vista o “desvio” de peças valiosas de arte sacra), verifica-se então que a sua estratégia foi alterada e agora nem escapa tudo o que considerem de interesse e que se encontra no exterior dos templos………
Desta vez foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Atouguia da Baleia, concelho de Peniche, que foi alvo de um assalto, na noite passada, tendo havido por parte dos assaltantes a tentativa de levarem o sino da referida Igreja, com mais de 200 quilos….
Felizmente que, dado o peso da peça em apreço, foi gorado o projecto pelos assaltantes arquitectado, que, depois de terem subido ao telhado do edifício, apenas lhes foi possível atirarem o sino para o largo da Igreja, sem contudo terem conseguido transportá-lo devido ao seu peso….!!!!
Nesta Páscoa, vá-se lá saber porquê, vieram-me à memória muitos momentos da minha infância, com a família, com os amigos, as brincadeiras e passeios que naquela época tanto nos encantavam e por isso não resisti a ir a um local que não visitava há já muitos muitos anos, mas que para mim teve um significado muito especial, por se tratar de um sítio onde nós, os mais pequenos, tínhamos (às vezes durante várias horas), alguma liberdade para jogar, correr, saltar, até à exaustão….!!!!
Era precisamente no “JARDIM DA ALAMEDA JOÃO DE DEUS” em Faro, o Jardim público mais antigo da capital algarvia, construído no final do Século XIX, que deve o seu nome ao Poeta e Pedagogo algarvio, João de Deus, autor da célebre “Cartilha Maternal”, adoptada em Portugal, como método oficial de aprendizagem da leitura, a partir de 1888.
Trata-se de um espaço verde com alguma dimensão, onde podemos apreciar uma enorme variedade de árvores centenárias.
É na verdade o maior espaço ajardinado da cidade de Faro, composto por um pequeno bosque onde predominam várias espécies da fauna e da flora, uma pequena cascata, um lago, vários equipamentos lúdicos, as antigas casas dos jardineiros (muitíssimo bem conservadas e que actualmente servem de apoio às diversas actividades que ali têm lugar), parque infantil, mini-golfe e um ringue para a prática de alguns desportos e onde (já no período da adolescência, nos anos 60), podíamos assistir a vários espectáculos de variedades e bailes, nas noites quentes de verão …..!!!!!
É ainda de realçar a existência de um belíssimo edifício, no topo deste jardim, estilo neo-árabe, de finais do Século XIX, onde em tempos funcionou o antigo Matadouro.
Aqui ficam algumas fotos captadas no local, no passado sábado, enquanto deambulei e revivi belos momentos da minha infância….!!!
Em tempo de Páscoa são muitas as celebrações da Semana Santa, por todo o País, mas na capital algarvia, uma das mais importantes é sem dúvida a "Procissão do Senhor Morto".
As celebrações da Semana Santa em Faro remontam a 1678 e esta Procissão, que se celebra na noite de Sexta-Feira Santa e para a qual as ruas são decoradas evocando a paixão de Cristo, ressalta pela sumptuosidade……!!!!
É uma celebração que representa a morte e o enterro de Jesus Cristo e o cortejo que os Romanos lhe fizeram até ao sepulcro.
Ontem à noite, nem mesmo a chuva que se fez sentir em Faro durante uma grande parte do percurso da procissão, foi impedimento para que uma verdadeira multidão assistisse e participasse naquela que é considerada uma das mais imponentes manifestações litúrgicas que decorre em toda a região algarvia: A "PROCISSÃO DO SENHOR MORTO"
É na verdade uma bonita celebração e sempre que posso faço questão de assistir….!!!!
É o tempo de fazer uma retrospectiva e de estabelecer um ponto de recomeço…, de mudança……!!!!
De entre os símbolos Pascais destacam-se “OS OVOS”, precisamente porque guardam em si a imagem de nova vida e por isso foram adoptados como símbolo de renovação…..
A origem da celebração da Páscoa está na história judaica relatada na Bíblia, no livro denominado “ÊXODO”, o qual relata a saída dos Judeus do Egipto.
Essa celebração recebeu o nome de “PESSACH”, que em hebraico significa passagem (neste caso era a passagem da escravidão à liberdade) e daí surgiu a palavra PÁSCOA.
Como a morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos, o Domingo de Páscoa marca a passagem da morte para a vida….., a passagem das trevas para a luz……!!!!!
É na verdade o tempo da “RENOVAÇÃO”
Estes ovos foram uma “gentileza” de um amigo e seguidor do “DIVERSIDADES”… (José Neves Andrade), a quem desde já agradeço.
Para todos…., visitantes, seguidores, simpatizantes e amigos em geral, desejo uma UMA PÁSCOA FELIZ…!!!!!
Às vezes costumo dizer que coincidências não existem…!!!!
E é verdade, são mesmo muitas as vezes em que faço uma tal afirmação……!!!!!!
Tenho contudo de admitir que em certos momentos da vida já tive de “dar a mão à palmatória”, porque efectivamente, já fui confrontada com situações que não foram, “nem de longe nem de perto”, pensadas ou programadas e no entanto aconteceram como se tivessem sido planeadas “ao milímetro”….!!!!!
Sucede com toda a gente….. e muitas vezes são coincidências de tal maneira significativas, que chegam mesmo a traduzir-se em histórias que alteram completamente o rumo dos nossos percursos.
Outras vezes…., são apenas acontecimentos aparentemente pouco relevantes, mas que igualmente causam em nós uma tal admiração, uma imensa surpresa e uma alegria desmedida, que nos deixam sem sabermos o que fazer, que nos deixam perplexos ao ponto de não sabermos como agir……, de não sabermos se devemos parar ou avançar…, se devemos sorrir ou permanecer sérios….., enfim…, é uma insegurança que se instala que em certas situações nos deixa sem forças…..!!!!
Seja como fôr, as coincidências, quando nos trazem felicidade, são sempre bem vindas e quando assim é até desejamos que se repitam……!!!!!
O certo é que as boas coincidências são esporádicas…… e é uma pena…!!!!!!
Ainda continuando a falar de bonitos locais e belas paisagens, é aqui de referir que é absolutamente deslumbrante passear pelas margens do Mondego…..!!!!!!
O Mondego, esse rio que durante séculos, desde a nascente à foz, foi a única e principal via de comunicação entre as populações do interior e do litoral (já que a inexistência de caminhos de ferro e estradas o tornou responsável pela subsistência e economia das populações por ele banhadas), dá-nos hoje a possibilidade de usufruirmos de locais paradisíacos, que nos contam a história desses tempos tão longínquos…..!!!!
E de épocas tão remotas essa história conta-nos que, de Penacova, saíam embarcações transportando madeira, lenha, carqueja e carvão, com destino a Coimbra e Figueira da Foz e que no regresso vinham carregadas de sal, pescado, milho, pipas de vinho, etc……, e foi esse o enorme contributo que, nessa época, o Mondego deu à economia da região…
Contudo, e não obstante a evolução dos tempos e o consequente progresso lhe ter retirado essa responsabilidade, hoje em dia é muito agradável passear pelas suas margens e visitar locais de rara beleza, como é o caso da “LIVRARIA DO MONDEGO”, uma grandiosa formação rochosa, que só a natureza se encarregou de esculpir e que, pela forma como se apresenta, faz lembrar livros colocados verticalmente numa estante….!!!!