quinta-feira, 4 de abril de 2013

De novo o Poeta Olhanense Dr. João Lúcio.....!!!


Não é a primeira vez que aqui falo deste ilustre olhanense, advogado de sucesso mas também um grande poeta, que infelizmente faleceu muito jovem (apenas com 38 anos de idade)....

Há poucos dias passei defronte de sua casa, um chalé projectado e mandado construir por ele (no sítio de Marim - Olhão)...!!!

      (Antes da reconstrução)




(Actualmente)

Na época em que foi construído, encontrava-se no meio de um denso pinhal, com vista para a Ria Formosa e esse bucólico local, foi certamente muitas vezes fonte de inspiração para os seus poemas....!!!!

Ainda criança, lembro-me de passear por aqueles lados e de achar aquele lugar maravilhoso.....!!!!!

Hoje, quase todo o pinhal foi destruído para dar lugar a um Parque de Campismo e quando ali passo sinto pena por constatar que, do imenso pinhal que ali existia, poucos exemplares restam...., mas felizmente o "seu Chalé", lá está...., recuperado e agora casa museu......!!!!

João Lúcio era um apaixonado pela sua terra, pelas suas gentes e por tudo o que lhes dizia respeito e o poema que se segue é a prova disso:



Natureza imortal, tu que soubeste dar
Ao meu país do sul a larga fantasia,
Que ensinaste aqui as almas a sonhar
Nessa frescura sã da crença e da alegria:

Que inundaste de azul e mergulhaste em oiro
Esta suave terra heróica dos amores,
Que lançaste sobre ela o canto imorredoiro
Que vibra a sinfonia oriental das cores:

Tu que mostraste aqui mais do que em toda a parte
O intenso poder do teu génio fecundo,
Que fizeste este Céu para inspirar a Arte
E lhe deste por isso o melhor sol do mundo:

Ensina algum pintor a fixar nas telas
Este brilho, esta cor, inéditos, diversos,
E põe a mesma luz que chove das estrelas
Na pena que debuxa estes humildes versos.

(João Lúcio)


4 Comentários:

Às 4 de abril de 2013 às 01:12 , Blogger Lúcia disse...

O poema, realmente é uma grande prova de seu amor por sua terra. Que bom, terem preservado e muito bem, o chalé em que morou o poeta.
Como morreu jovem. Lembrei-me de meu tio-avô, poeta, que morreu aos 31 anos, de tuberculose, doença que acometia muitos poetas, no século XIX.
Não sei, se foi essa a doença que levou João Lúcio tão cedo, é bem possível...
Um abraço, amiga,
da Lúcia



 
Às 4 de abril de 2013 às 10:09 , Blogger Albertina Granja disse...

OLá Lúcia...
Na verdade João Lúcio morreu muito jovem..., ali.... naquele seu chalé...., que mandara construir para si e para a sua família...
E foi lá, não obstante viver no meio da natureza, que contraíu o fatídico virus da pneumónica (que na época assolou toda a região) e que acabou por lhe ceifar a vida, na manhã do dia 26 de Outubro de 1918.....!!!
Um abraço Lúcia

 
Às 4 de abril de 2013 às 12:07 , Blogger Andradarte disse...

Humildes talvez...mas lindos...

Quanto à Fuzeta...um dia voltarei...mas ainda é cedo...
Xau

 
Às 4 de abril de 2013 às 18:23 , Blogger Albertina Granja disse...

Olá Andrade....
Sao lindos na verdade todos os poemas deste Poeta olhanense. Segundo se sabe já escrevia nos tempos que frequentava o então Liceu Nacional de Faro. Se não tivesse morrido tão jovem, ter-nos-ia deixado uma valiosa e vasta obra.....!!!!.
Quanto à Fuzeta .....já começa a ser tempo de voltar para gozar uns belos dias de sol e comer uns bons caracóis, à tardinha, na tasca da praça central.

 

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