Rota de Fernando Namora..., ainda incompleta...!!!
Falando ainda sobre Fernando Namora, muito me marcou a breve mas intensa deslocação a Condeixa, de tal modo que me ficou a vontade de querer continuar ainda "nesta rota", para poder descobrir, sentir e ver de perto, outros lugares, aos quais o Escritor teve grande ligação e que sinto serem igualmente importantes, pelo que, de forma alguma, não os deixarei para trás…
Um deles será a sua casa em Vale Florido, casa da família, onde o seu pai (que, segundo Fernando Namora, "fazia vida de recluso"), se deslocava em bicicleta, de Condeixa à sua aldeia, no concelho de Ansião, um dia por semana (às quintas feiras), para "zelar pelas leiras cultivadas".
Outro, será Pavia, em pleno Alentejo, onde viveu e durante muito tempo exerceu a sua profissão.
Devo dizer que, deste lugar e da casa onde habitou, existe um quadro seu (exposto na casa museu de Condeixa), que me impressionou, e, logo que o admirei, disse a mim própria: "tenho de ir a Pavia"...
No entanto foi ali em Condeixa que "conheci e me foi apresentada" uma família de camponeses, naturais da Aldeia de Vale Florido, de apelido "Namora", gente laboriosa, muito genuína, "gente verdadeira", um termo, aliás, utilizado pelo próprio Fernando Namora num trecho de uma obra sua que passo a citar:
"não será hoje, nem sequer aqui, na lírica Condeixa dos prados, das azenhas, dos arroios da minha infância, onde homens como o Joaquim Melâneo e António Moita me ensinaram a descobrir a beleza nas coisas e a tentar fixá-la numa tela, e outros, como o meu vizinho Gabriel e João Lóio, me revelaram o mundo daqueles livros onde se falava de gente verdadeira - não será aqui, dizia, onde os dias foram e decerto ainda são um espreguiçar sobre o tempo, que eu poderei encontrar o meu ramo verde"
(Sentados na Relva:197)
Neste pequeno trecho, se por um lado é demonstrado que o Escritor nunca iria confinar-se apenas àquele espaço (apesar de ter sido ali que iniciou a sua carreira como médico), por outro lado, é bem revelador da grande e forte ligação à terra que o viu nascer, aos seus amigos de sempre e a tudo quanto aprendeu através de tantas e profundas vivências…
Talvez por isso, e não deixa de ser curioso que, mesmo depois de passar a viver noutras terras, estivesse onde estivesse, deslocava-se a Condeixa, todos os anos, para festejar o seu aniversário com os amigos de infância, aqueles que nunca deixaram a sua terra natal...
Um deles será a sua casa em Vale Florido, casa da família, onde o seu pai (que, segundo Fernando Namora, "fazia vida de recluso"), se deslocava em bicicleta, de Condeixa à sua aldeia, no concelho de Ansião, um dia por semana (às quintas feiras), para "zelar pelas leiras cultivadas".
Outro, será Pavia, em pleno Alentejo, onde viveu e durante muito tempo exerceu a sua profissão.
Devo dizer que, deste lugar e da casa onde habitou, existe um quadro seu (exposto na casa museu de Condeixa), que me impressionou, e, logo que o admirei, disse a mim própria: "tenho de ir a Pavia"...
No entanto foi ali em Condeixa que "conheci e me foi apresentada" uma família de camponeses, naturais da Aldeia de Vale Florido, de apelido "Namora", gente laboriosa, muito genuína, "gente verdadeira", um termo, aliás, utilizado pelo próprio Fernando Namora num trecho de uma obra sua que passo a citar:
"não será hoje, nem sequer aqui, na lírica Condeixa dos prados, das azenhas, dos arroios da minha infância, onde homens como o Joaquim Melâneo e António Moita me ensinaram a descobrir a beleza nas coisas e a tentar fixá-la numa tela, e outros, como o meu vizinho Gabriel e João Lóio, me revelaram o mundo daqueles livros onde se falava de gente verdadeira - não será aqui, dizia, onde os dias foram e decerto ainda são um espreguiçar sobre o tempo, que eu poderei encontrar o meu ramo verde"
(Sentados na Relva:197)
Neste pequeno trecho, se por um lado é demonstrado que o Escritor nunca iria confinar-se apenas àquele espaço (apesar de ter sido ali que iniciou a sua carreira como médico), por outro lado, é bem revelador da grande e forte ligação à terra que o viu nascer, aos seus amigos de sempre e a tudo quanto aprendeu através de tantas e profundas vivências…
Talvez por isso, e não deixa de ser curioso que, mesmo depois de passar a viver noutras terras, estivesse onde estivesse, deslocava-se a Condeixa, todos os anos, para festejar o seu aniversário com os amigos de infância, aqueles que nunca deixaram a sua terra natal...
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