sábado, 23 de novembro de 2019

Há dias de sorte...!!!


Numa recente e ainda que breve visita à cidade de Tomar, foi num dado momento, e por acaso, que me deparei, nas margens do rio Nabão, com um edifício histórico, com aspecto de reabilitado, ao qual não pude ficar indiferente, por perceber que, no exterior, do lado direito da entrada, havia a seguinte inscrição:


Ora bem, um centro de estudos sobre "fotografia", ali mesmo "à mão", impunha-se uma entrada para visitar e tentar saber o que por lá se passava.

Foi na verdade um dia de sorte, cheio de surpresas...!!! 
Há dias assim e ainda bem que os há...

Deparei-me então com uma bela exposição de fotos, da cidade de Tomar, que nos mostram a cidade e as suas actividades económicas,  no início do século passado.
Fiquei impressionada, não só com a qualidade dos trabalhos expostos, como também com toda a história que ali tive oportunidade de conhecer, especialmente no que ao grandioso tecido industrial de Tomar diz respeito, dado o número de fábricas ali existentes: papel, fiação e outras indústrias que, certamente, naquela época, desempenharam um papel muito importante no desenvolvimento da região.







Trata-se de uma exposição patente ao público de 20 de Novembro de 2019 a 31 de Março de 2020, intitulada "Tomar Industrial - Uma Visão Contemporânea: Fotografia e Cinema", que vale bem a pena visitar.

Contudo, as surpresas, não ficaram por aqui e tiveram uma abrangência, para mim mais do que era esperado, e que, além de me proporcionar estar de perto e efectuar registos fotográficos de duas máquinas (peças de museu do início e meados do século passado), me permitiu ainda assistir a um processo de revelação "sobre vidro".





Tudo isto durante um workshop intitulado: "Demonstração do Processo Fotográfico Colódio Húmido, Ambrótipos e Ferrótipos", que teve lugar no passado dia 21, no âmbito da "1ª Semana da Fotografia de Tomar", que decorreu na Casa dos Cubos, de 18 a 23 de Novembro.

Esta "Casa dos Cubos", agora um espaço cultural e polivalente, situa-se no coração da cidade, era usada pelas Ordens Religiosas como local para armazenamento de produtos agrícolas que lhes eram concedidos como forma de pagamento e o seu nome provém precisamente das antigas medidas de capacidade usadas à época e designadas como cubos, nomeadamente o "alqueire" e o "almude".
Mais tarde, albergou também um destacamento do Quartel de Abrantes, tendo também ali funcionado os escritórios das empresas Mendes Godinho, o maior grupo económico sedeado em Tomar.

Enfim..., fui à procura do Outono e tive esta agradável surpresa...!!!

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