A casa de Pascoaes..
Era um sonho antigo: Visitar a casa onde viveu Teixeira de Pascoaes, na freguesia de Gatão, concelho de Amarante.
Aquele solar do século XVII, situado na proximidade do Tâmega, com uma vista privilegiada para a Serra do Marão e que ostenta belos detalhes arquitectónicos, foi a casa da família "Teixeira de Vasconcelos", onde viveu o grande Poeta e Escritor Teixeira de Pascoaes, desde 1913 (altura em que decidiu abandonar a carreira judicial para ser apenas e só Poeta), até à sua morte, em 1952.
É evidente que não era só a beleza arquitectónica daquela edificação, nem a sua privilegiada localização que acalentavam o sonho de uma visita, mas sim a importância de quem nela viveu e a forma como o fez, buscando uma vida calma e tranquila, diria até, solitária, em perfeita sintonia com a Natureza.
Depois de uma planificação cuidada (por parte de quem organizou a viagem), tendo em vista alcançar esse objectivo, concluiu-se que tal não seria possível, por vários motivos, nomeadamente, porque a casa se encontra fechada, porque todo o espólio do Poeta foi entregue à Autarquia, pelo que, a única possibilidade seria apenas a de fotografar à distância, a partir dos portões de acesso, que se encontram, sempre, ou quase sempre, encerrados...!!!
"Que pena"..., lamentámos todos...
Mas, perante tantas dificuldades, o grupo já nem pensava em visitar o interior da casa, o que se pretendia, a qualquer custo, era chegar perto do gradeamento e pelo menos observar, admirar e imaginar como seria por ali a vida há 100 anos e nas décadas seguintes, enquanto o Poeta ali viveu...
Mas até isso já estava, a dada altura, fora de questão, porque se desconhecia as condições de acesso (e havia alguma informação de que não seriam as melhores), porque as condições climatéricas eram más, porque as dimensões do meio de transporte provavelmente não permitiriam que se deslocasse até lá..., enfim, chegou-se mesmo a abandonar a ideia...
E todos lamentávamos: "Que pena..."
Mas isto de sermos persistentes tem mais do que se lhe diga... E não desistimos...
No dia seguinte resolvemos que iríamos tentar lá chegar, mesmo que tivéssemos de fazer alguns quilómetros a pé e, se bem pensámos, melhor o fizemos...
O autocarro transportou o grupo até onde foi possível e a partir daí, debaixo de um forte aguaceiro, os mais ousados e persistentes, nada receosos do mau tempo, puseram-se a caminho...
Então e não é que valeu bem a pena?
Para nossa surpresa os portões estavam abertos e havia alguém num varandim da casa.
Não hesitámos em prosseguir e, nesse momento, a pessoa que estava no andar superior desceu a escadaria e veio ao nosso encontro.
Indicou-nos, para abrigo da chuva intensa, uma dependência que servia de garagem, onde de imediato entrámos e ali permanecemos o tempo necessário para as apresentações:
Nós, um grupo de alunos da Universidade Sénior de Torres Vedras, grandes admiradores de Teixeira de Pascoaes e o anfitrião, o Vicente, um sobrinho-bisneto do Poeta, que nos falou de alguns aspectos relacionados com o solar que era da sua família, desde há várias gerações e sobretudo (e uma vez mais com grande pena nossa) que não poderia ser visitado, no interior, mas que, se tivéssemos interesse e quiséssemos, estávamos autorizados a entrar na propriedade, para fotografar e visitar os jardins, as fontes e outras construções ali existentes...
E foi o que fizemos.
Antes de nos deixar o jovem Vicente indicou-nos, gentilmente, o portão de acesso aos jardins e restante propriedade e por aí ficámos a desfrutar, a fotografar, a imaginar e a recuar no tempo, saudosistas, como Pascoaes...!!!
Depois de uma planificação cuidada (por parte de quem organizou a viagem), tendo em vista alcançar esse objectivo, concluiu-se que tal não seria possível, por vários motivos, nomeadamente, porque a casa se encontra fechada, porque todo o espólio do Poeta foi entregue à Autarquia, pelo que, a única possibilidade seria apenas a de fotografar à distância, a partir dos portões de acesso, que se encontram, sempre, ou quase sempre, encerrados...!!!
"Que pena"..., lamentámos todos...
Mas, perante tantas dificuldades, o grupo já nem pensava em visitar o interior da casa, o que se pretendia, a qualquer custo, era chegar perto do gradeamento e pelo menos observar, admirar e imaginar como seria por ali a vida há 100 anos e nas décadas seguintes, enquanto o Poeta ali viveu...
Mas até isso já estava, a dada altura, fora de questão, porque se desconhecia as condições de acesso (e havia alguma informação de que não seriam as melhores), porque as condições climatéricas eram más, porque as dimensões do meio de transporte provavelmente não permitiriam que se deslocasse até lá..., enfim, chegou-se mesmo a abandonar a ideia...
E todos lamentávamos: "Que pena..."
Mas isto de sermos persistentes tem mais do que se lhe diga... E não desistimos...
No dia seguinte resolvemos que iríamos tentar lá chegar, mesmo que tivéssemos de fazer alguns quilómetros a pé e, se bem pensámos, melhor o fizemos...
O autocarro transportou o grupo até onde foi possível e a partir daí, debaixo de um forte aguaceiro, os mais ousados e persistentes, nada receosos do mau tempo, puseram-se a caminho...
Então e não é que valeu bem a pena?
Para nossa surpresa os portões estavam abertos e havia alguém num varandim da casa.
Não hesitámos em prosseguir e, nesse momento, a pessoa que estava no andar superior desceu a escadaria e veio ao nosso encontro.
Indicou-nos, para abrigo da chuva intensa, uma dependência que servia de garagem, onde de imediato entrámos e ali permanecemos o tempo necessário para as apresentações:
Nós, um grupo de alunos da Universidade Sénior de Torres Vedras, grandes admiradores de Teixeira de Pascoaes e o anfitrião, o Vicente, um sobrinho-bisneto do Poeta, que nos falou de alguns aspectos relacionados com o solar que era da sua família, desde há várias gerações e sobretudo (e uma vez mais com grande pena nossa) que não poderia ser visitado, no interior, mas que, se tivéssemos interesse e quiséssemos, estávamos autorizados a entrar na propriedade, para fotografar e visitar os jardins, as fontes e outras construções ali existentes...
E foi o que fizemos.
Antes de nos deixar o jovem Vicente indicou-nos, gentilmente, o portão de acesso aos jardins e restante propriedade e por aí ficámos a desfrutar, a fotografar, a imaginar e a recuar no tempo, saudosistas, como Pascoaes...!!!
1 Comentários:
E lá fui eu de novo à bela Amarante, ao caudaloso Tâmega, ao Solar de Pascoaes.
Obrigado por esta revisitação, só possível pelo gosto com que guarda estas belas imagens!
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial