Olhão e as suas lendas.....!!!!
Olhão - Ria Formosa - à noite
Quase todas as terras têm lendas que normalmente toda a gente gosta de saber....!!!
A mim pelo menos aguça-me a curiosidade quando ouço falar que, onde quer que seja e seja lá por que razão, existe uma qualquer lenda e faço sempre questão de a conhecer ....
Ora na cidade de Olhão, desde sempre ouvi falar nas lendas da "FLORIPES" e do "MENINO DOS OLHOS GRANDES" e ontem, passeando pela zona velha desta cidade (parece que agora também denominado centro histórico), com grato prazer constatei que a Autarquia se tem interessado na reconstrução/revitalização daquele espaço urbano, que outrora fora palco das tais lendas e de tantas e tantas vivências dos pescadores que ali habitavam....
São pequenos largos, becos e ruas muito estreitas, que começam agora a ficar arranjados e de "cara lavada", proporcionando a todos os que os visitam, algum encanto pela singeleza daqueles espaços, mas que se percebe estarem carregados de muitas e muitas histórias....!!!
Por exemplo na "Praça Patrão Joaquim Lopes", encontramos logo um "mapa" que nos indica o caminho das lendas, que é um percurso pedonal que liga cinco dos principais largos da referida zona histórica, os quais foram objecto de intervenção e melhoramentos, por forma a torná-los mais funcionais e aprazíveis...
Nessa mesma Praça Patrão Joaquim Lopes, pode-se também apreciar a figura da Moura "Floripes", cuja lenda passo a transcrever:
"Lá para os lados do Bairro do Levante, no lugar do Sobrado, havia um moinho junto ao qual existia uma antiga casa onde vivia um homem de meia-idade de seu nome Zé.
Quase sempre embriagado, principalmente na companhia de amigos, contava várias vezes que durante a noite, lhe aparecia uma moura muito formosa em sua casa e que ambos trocavam carícias até de madrugada.
Os seus amigos já não acreditavam. Um dia o Zé fez uma aposta com o mais novo do grupo -Julião- que ía casar em breve com uma moça chamada Aninhas. O Zé oferecia uma fazenda que possuía no sitio da Relva, como prenda de noivado caso a moura aparecesse ao rapaz. Se não aparecesse nada lhe daria. Julião aceitou.
À meia noite lá estava ele junto ao moinho. De repente, quando já se preparava para se pôr a caminho, vê uma linda mulher. Era a moura encantada! Julião e a rapariga sentaram-se junto a uma árvore e esta conta-lhe que o feitiço só podería ser quebrado quando alguém a levasse para junto do mar e lhe espetasse uma faca no braço do lado do coração. Só aí o feitiço seria levantado. Julião nada podia fazer, pois estava comprometido com Aninhas.
De regresso a casa, vê a noiva a chorar compulsivamente e a seu lado o compadre Zé. Quando Julião se vira para falar com o seu amigo, este tinha desaparecido. Diz o povo que a Floripes partiu para o Norte de África e o levou consigo, o único homem que na realidade a amava."
5 Comentários:
Quero dar-lhe os parabéns pelo seu blogue, que entretanto comecei a conhecer. A mensagem sobre Lyon, entre outras, é muito bonita e as imagens, apresentadas daquela maneira e com o ambiente dado pela música, estão superiores. Embora caladinho, vou passar a frequentar este espaço.
Quanto à lenda, tudo acabou bem, segundo percebo, mas o desenlace foi um pouco confuso.
Este comentário foi removido pelo autor.
Gosto de conhecer lendas......Nesta viajem a Espanha, conheci a de os atores, dizerem muita m.... ,
antes dos espetáculos....Depois conto......muito gira e convincente.....
Um erro, levou-me a anular o comentário anterior.
Tem toda a razão...,
Esta lenda não está bem contada...!!! Eu também não entendi....
Está de facto muito confusa, porque na parte final a "bota" não diz com a "perdigota"...
Tenho de me documentar um pouco melhor para ver se consigo descobrir alguma coisa que faça mais sentido...
De qualquer modo, muito obrigada pelo seu comentário.
Muito obrigada Andrade.
Beijinho
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