Uma figura ímpar do arcordeão.....
A acordeonista Eugénia Lima, natural de Castelo Branco, morreu no passado dia 4, com 88 anos, na cidade de Rio Maior, onde residia.
Filha de um afinador de acordeões, estreou-se
aos quatro anos de idade no Cinema-Teatro Vaz Preto, em Castelo Branco,
contudo, como “grande profissional”, a sua estreia foi em 1935, no Teatro
Variedades, em Lisboa.
Começou a gravar a solo em 1943, não só temas populares de
diversos compositores, como versões para acordeão e várias composições de sua
autoria e, em 1956 fundou a Orquestra Típica Albicastrense…
Toda a sua vida foi dedicada ao acordeão interpretando, com
grande profissionalismo, temas típicos de qualquer região do país, e, mais concretamente no
sul (Algarve), em Bordeira, freguesia de Santa Bárbara de Nexe, no concelho de
Faro, (como ela sempre fazia questão de referir) “teve o prazer” de conviver com o afamado acordeonista algarvio, José Ferreiro (Pai), autor do
corridinho “Alma Algarvia”. Este corridinho Eugénia Lima sempre o interpretava em qualquer das suas actuações, em
homenagem a esse seu grande amigo, que, tal como ela, foi uma figura ímpar do
acordeão….
A última vez que tive o prazer de assistir a uma actuação
de Eugénia Lima, foi há cerca de dois anos, no Teatro-Cine de Torres Vedras, onde, apesar dos seus 86 anos (na altura), tocou e encantou......!!!
Como não podia deixar de ser, a interpretação que se segue é o corridinho "Alma Algarvia" da autoria do citado José Ferreiro (Pai)
4 Comentários:
Este artigo e este video são uma bela homenagem.
Eu também assisti a esse concerto que Eugénia Lima deu no teatro-cine de Torres e foi um verdadeiro espectáculo, onde ela tocou e encantou, no meio dos jovens e já talentosos acordeonistas.
Desde criança sempre ouvi falar em Eugénia Lima, porque os meus Pais a admiravam e a tinham visto actuar não me lembro onde.
Na verdade, o céu fica mais rico com a sua presença.
Parabens Albertina.
LG.
Sempre gostei de ouvir Eugénia Lima. Tive pena quando ouvi na rádio a notícia da morte. A vida é assim...
Joaquim Cosme
Os grandes artistas, merecem homenagem! Ficou seu legado na música.No Brasil, temos alguns bons acordeonistas, que no Nordeste chamamos de sanfoneiros. Gostei do corridinho, Albertina!
Abraço,
da Lúcia
Quis muito ver actuar Eugénia Lima. Numa das merendas do acordeão, na Casa da Avó Gama, o ano passado, perdi uma oportunidade. A senhora não compareceu, por ter adoecido.
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