PRESÉPIO......
“PRESÉPIO”, significa um lugar onde se recolhe o gado....,o curral...., o estábulo….
Contudo esta é também a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José, uma vaca e um jumento.
O nascimento de Jesus começou a ser celebrado desde o Século III, data das primeiras peregrinações a Belém para se visitar o local e a partir do Século IV começaram a surgir representações do nascimento de Jesus em pinturas, relevos ou frescos.
Passados 9 séculos, mais precisamente no ano de 1223, S. Francisco de Assis decidiu celebrar a missa da véspera de Natal com os cidadãos de Assis, de uma forma diferente. Assim, esta missa em vez de ser celebrada no interior de uma igreja, foi celebrada numa gruta que se situava na floresta de Greccio, para onde S. Francisco transportou as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria, de S. José e ainda de uma vaca e de um jumento, pretendendo tornar mais acessível e clara, para os cidadãos de Assis, a celebração do Natal.
Este acontecimento faz com que muitas vezes S. Francisco seja visto como o criador dos presépios, contudo, os presépios tal como os conhecemos hoje, só surgiram mais tarde, três séculos depois.
Foi então no Século XVI, em Itália, que surgiram pela primeira vez os presépios e o primeiro deles foi em 1567, na casa da Duquesa de Amalfi, Constanza Piccolomini.
No Século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus já estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica (incluindo Portugal).
De entre os presépios mais conhecidos, é de salientar os napolitanos, que embora não apresentassem várias cenas do quotidiano, revelavam uma qualidade extraordinária das suas figuras, sendo a este propósito de referir que, por exemplo, os Reis Magos eram vestidos com sedas ricamente bordadas e usavam jóias muito trabalhadas.
Pode-se dizer que em Portugal foram feitos alguns dos mais belos presépios de todo o mundo, sendo de destacar os realizados pelos escultores MACHADO DE CASTRO e ANTÓNIO FERREIRA, no Século XVIII.
Actualmente ainda se mantém, em muitos países europeus, o costume de armar o presépio, tanto em locais públicos como particulares, contudo, com o surgimento da árvore de Natal, os presépios, cada vez mais, ocupam um lugar secundário nas tradições natalícias.
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