domingo, 12 de dezembro de 2010

OS CIGANOS

Sabe-se que os ciganos são originários da Índia e julga-se que terão começado a entrar na Europa por volta do Século XII, sendo que em Portugal só há notícias da sua presença na segunda metade do Século XV.
É claro que, sempre identificados com uma imagem negativa, que perdura até hoje, a comunidade cigana a tudo tem resistido ao longo dos tempos, até mesmo no que diz respeito ao novo desafio que agora se lhes apresenta e  que tem a ver com com a sua integração social, imposta em nome do progresso e dos direitos humanos.
Pois bem, desde os primórdios da sua entrada em Portugal que se lhes conhece uma enorme variedade de malfeitorias, as quais, já no reinado de D. João III, foram por este invocadas, para expulsar todos os que aqui viviam e  proibir a entrada em Portugal de outros que tivessem intenção de o fazer.
Tal decisão foi aliás seguida noutros reinados, ao longo dos séculos, com a publicação de inúmeras leis com idêntica finalidade, sempre cada vez mais severas, mas também sempre cada vez mais inúteis, o que demonstra que na verdade estamos perante “Gente de Fibra”…
Assim, dando-se por vencido no que a esta matéria diz respeito (expulsão dos ciganos de Portugal), a partir do Século XIX o Estado Português deixou de colocar tal questão e passou a considerá-los cidadãos portugueses, muito embora de antemão se soubesse que eles se auto-excluem de prestar qualquer serviço à Comunidade e que não se mostram dispostos a aceitarem as suas leis…..
E então no que é que tudo isto deu?
Em nada, absolutamente nada….
As tentativas de integração social, nomeadamente no que diz respeito ao seu realojamento em bairros sociais, é o que se tem visto…. São hoje bairros transformados em locais de grande violência, assistindo-se à rápida degradação dos imóveis e à vandalização dos equipamentos colectivos. Além disso recusam-se a pagar as rendas simbólicas, bem como a água e electricidade que consomem.
Foi-lhes atribuído o” rendimento mínimo garantido”, mas a esmagadora maioria continua a desenvolver actividades sem serem declaradas, não paga impostos e além disso não tem carta de condução, nem seguro automóvel.
Para além de tudo isto, instalam-se com as suas tendas, carrinhas, cavalos, burros, cães….., tudo o que se possa imaginar (até chegam ao ponto de construirem barracas de madeira, em propriedade alheia), não só degradando os espaços ocupados, como também vandalizando as propriedades limítrofes, destruindo vedações, roubando tudo o que por lá encontram, para, posteriormente realizarem dinheiro….
Infelizmente tenho sido vítima de tais roubos e ainda hoje me aconteceu o seguinte:
Estava eu sentada numa esplanada a saborear um café quando um cigano se aproximou, com um saco enorme cheio de laranjas para vender…., dirigindo-se a mim  disse-me:
“Senhora pode comprar porque são muito doces”
Tendo reconhecido as laranjas que me apresentava, olhei para ele e esboçando um sorriso perguntei-lhe:
“Então posso comprar com toda a confiança, são mesmo doces? Ah… mas já agora diga-me onde é que as comprou? Ou são da sua produção?
Ele não teve com meias medidas e sem se atrapalhar rigorosamente nada respondeu-me:
“Senhora são muito doces e não as comprei, são mesmo minhas”
É claro que não comprei as laranjas, mas respondi-lhe:
“Vá lá embora…, não me queira vender as laranjas que me pertencem.....,pois eu bem tentei apanhá-las mas você não deixou........,chegou lá antes de mim…”
E lá foi…, um pouco surpreendido com a minha resposta, mas nada preocupado….
E perante isto, o que é que se pode fazer?
Contactar a polícia e pedir uma intervenção?
Já tentei noutras alturas, a propósito de outros roubos e de outras ocupações, mas em nada resultou, pois os agentes da polícia quando se deslocam ao local nada fazem a não ser dizer-lhes que não podem ali estar, que não podem vandalizar os espaços envolventes, etc. etc….. e além disso têm medo deles……… e eu também, é claro……
E pronto é assim……., cá vamos vivendo com estes “vizinhos” que chegam, instalam-se, não pedem autorização para nada, fazem o que bem entendem e lhes dá na real gana e quando decidimos dirigir-lhes a palavra (porque nos sentimos no direito de o fazer), temos de usar de toda a diplomacia e ter o máximo cuidado, porque de outra forma nunca sabemos o que a seguir nos poderá acontecer…..
Enfim......., que seja então a bem da integração da comunidade cigana….....


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