quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

OLHÃO SUA ORIGEM E HISTÓRIA

Do Século II ao Século IV – os Romanos fixaram-se em Olhao (Marim) e aí implementaram a indústria de pesca e de salga de peixe, cujos produtos eram exportados para todo o Império.
Alguns dos antigos tanques de salga de peixe, dessa época, encontram-se actualmente expostos no Parque Natural da Ria Formosa.
De Século VIII ao Século XII – dá-se a ocupação árabe, no entanto embora seja considerada uma terra com características acentuadamente mouriscas, não se conhece qualquer construção importante deixada pelos árabes
Após a expulsão dos árabes do Algarve no séc. XIII, Marim continua a ser o povoamento mais importante da região que, aliás, poderá estar associada à origem de Olhão, tanto por ter sido o primeiro ponto de fixação humana na região, como por ter um grande olho de água doce e que poderia ter dado origem ao seu nome.
Em data incerta (provavelmente séc. XVI e até 1840) instalou-se aqui uma armação do atum que atraía algumas dezenas de pescadores de Faro, acompanhados pelas famílias, nos meses de Março, Abril e Maio. 

Certamente alguns destes pescadores, ao verificarem a abundância de peixe da Ria Formosa, decidiram permanecer nas humildes cabanas construídas de madeira, canas e palha, onde hoje se ergue a zona antiga da cidade de Olhão.

O primeiro  edifício de pedra foi a Igreja da Nossa Senhora da Soledade, construída em data incerta;

o segundo edifício de pedra foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, começada em 1698 e terminada em 1715.

Mas foram as invasões francesas que deram a oportunidade a Olhão de se afirmar politicamente.
os olhanenses protagonizaram no séc. XIX a primeira sublevação bem sucedida contra a ocupação francesa (em 16 de Junho de 1808, actualmente o dia da Cidade), que se tornou um rastilho decisivo para a expulsão dos franceses do Algarve.
Este momento histórico foi determinante para a emancipação de Olhão, porque o Rei D. João VI (1767-1826), então refugiado no Brasil, recebeu a boa nova da expulsão dos franceses, através de um grupo de olhanenses que se meteram ao mar, a bordo do Caíque “Bom Sucesso”, numa viagem histórica, apenas com um mapa rudimentar e orientados pelas estrelas e pelas correntes marítimas.
O Rei reconhecido pela expulsão dos franceses e pelo heroísmo da viagem marítima ao Brasil, elevou o pequeno desconhecido “Lugar de Olhão”, com o epíteto de VILA DA RESTAURAÇÃO.

Em 16 de Junho de 2002, a autarquia lançou à água uma réplica do caíque "Bom Sucesso", que actualmente promove visitas e passeios guiados ao longo da Ria Formosa. Esta embarcação está ancorada entre os Mercados Municipais.
Na última metade do séc. XIX, a actividade comercial desenvolvida pelos marítimos olhanenses, cresceu imenso e são os contactos comerciais e a emigração para Marrocos que leva muitos olhanenses a construirem as suas habitações de modo semelhante às que existiam por aquelas paragens, (cúbicas e caiadas de branco), o que valeu a Olhão a alcunha de VILA CUBISTA .
 Na primeira metade do séc. XX, a instalação da indústria de conservas de peixe, fez de Olhão uma vila rica e extremamente produtiva. A primeira fábrica de conservas surgiu em 1881, fundada pela empresa francesa Delory, e em 1919 já existiam cerca de 80 fábricas.
Infelizmente, na última metade do séc. XX, a decadência da indústria conserveira e da própria pesca empobreceu a vila que, no entanto, foi elevada a cidade em 1985.
Actualmente, e não obstante existir apenas uma única fábrica de conservas de peixe, a pesca continua a ser uma vertente importante na economia da cidade de Olhão.
Além disso, começou também a lançar-se, de forma decidida, no turismo de qualidade, a julgar pela construção, quer do porto de recreio, quer de uma unidade hoteleira, de luxo, frente ao mar, “HOTEL REAL MARINA & SPA”, de 5 estrelas, inaugurado há menos de um ano.

2 Comentários:

Às 16 de dezembro de 2010 às 21:55 , Blogger Andradarte disse...

A sua construção é do século XVII e os retábulos dos altares são do século XIX. No seu interior, tem lugar destacado uma imagem de Santa Luzia, do século XVIII, e, na entrada, uma laje esconde um poço cuja água servia para lavar a ermida.

Da Nossa Senhora da Soledade, descobri Sec. XVII..
Pensei que conhecia Olhão...e afinal passeei por
Olhão..Bom trabalho...obrigado..
Beijo

 
Às 6 de dezembro de 2011 às 15:13 , Anonymous Anónimo disse...

Isto tá fixe.

 

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