Árvores do Alentejo
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
--- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
Florbela Espanca
Todo o sofrimento da poetisa.....
ResponderEliminarBfs
Nas minhas experiências, voltei a publicar o que não devia.
ResponderEliminarDesculpe esta falha....
Ok Andrade...
EliminarMas continuo curiosa quanto aos "painéis de Faro".
Tenha um bom domingo
Albertina
Bela poema de Florbela!
ResponderEliminarParabens
LG.
Obrigada Leandro
EliminarUma boa semana para si...
Albertina
Gosto deste soneto. Até já o publiquei no jornal das Águas de Lisboa há vários anos.. Um abraço Albertina. Joaquim Cosme
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