quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Árvores do Alentejo....!!!!


Árvores do Alentejo
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a benção duma fonte! E quando, manhã alta, o sol posponte A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede: --- Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água! Florbela Espanca


6 comentários:

  1. Nas minhas experiências, voltei a publicar o que não devia.
    Desculpe esta falha....

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    1. Ok Andrade...
      Mas continuo curiosa quanto aos "painéis de Faro".
      Tenha um bom domingo
      Albertina

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  2. Gosto deste soneto. Até já o publiquei no jornal das Águas de Lisboa há vários anos.. Um abraço Albertina. Joaquim Cosme

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