sábado, 28 de junho de 2014

Um ilustre da Golegã......!!!




Um dos Maiores Fotógrafos de sempre……

Numa visita efectuada há mais de ano, à Vila Ribatejana da Golegã, tive a oportunidade de, pela segunda vez, visitar a Casa-Museu Carlos Relvas e voltar a ouvir falar da vida deste Ilustre da Golegã, não só através das exposições aí existentes, como também percorrendo tudo o que se situa nas proximidades deste "chalé".
Carlos Relvas, uma das personalidades mais populares e famosas de Portugal, nasceu na Golegã, em Novembro de 1838, no “Palácio do Outeiro”…

O seu pai (um proprietário rico da Beira Interior que se instalou com sucesso no Ribatejo), dera-lhe a melhor instrução da época….
Educado por professores particulares, aprendeu línguas e ciências, mas as actividades ao ar livre muito cedo o fascinaram, distinguindo-se, entre muitas outras, na modalidade de equitação….
Ainda muito novo casou-se com a Jovem Margarida Mendes de Azevedo, filha dos Viscondes de Podentes, de cuja união nasceram cinco filhos.
Como era um apaixonado por fotografia, mandou construir no jardim da sua residência do Outeiro, uma grandiosa e magnífica casa-estúdio, hoje “CASA MUSEU”…



Mas além de fotógrafo Carlos Relvas foi também político, lavrador, criador de cavalos, cavaleiro, inventor e músico.....

Enquanto administrador das propriedades da família, revelou-se um agricultor muito dinâmico e influente, tendo introduzido neste sector, máquinas pioneiras e avançados processos de produção, na sequência das inúmeras viagens que fazia pela Europa e que lhe permitiam um conhecimento mais alargado do que se fazia noutros países e que ele não hesitava em pôr em prática, tanto nos seus terrenos como em toda a Golegã e terras limítrofes.
Era um monárquico convicto e, no coração das suas terras, impunha-se pela fortuna, talento e carisma.
Como criador de gado e produtor azeite, mel e vinho, exportava os seus produtos, tendo sido distinguido em várias exposições internacionais do sector, como as de Viena, Filadélfia e Paris.

Também nas lides tauromáquicas Carlos Relvas obteve assinalável êxito, tendo chegado mesmo a ter uma praça de touros na Golegã…

Sempre com uma necessidade de inventar e descobrir, alarga essa sua faceta, não só à fotografia, mas também a outras áreas, tendo concebido e construído um “bote salva-vidas” revolucionário, designado por “o sempre em pé”, pois tinha a particularidade de voltar à posição inicial sempre que se virava.

Em 1887 morre a sua esposa, Margarida e decorrido um ano volta a contrair matrimónio com Mariana Correia, uma decisão que não foi bem aceite, especialmente pelo seu filho José Relvas que vende a casa da família à Câmara da Golegã e muda-se para Alpiarça.
É nessa altura que Carlos Relvas e sua mulher Mariana passam a viver numa parte da casa-estúdio, entretanto adaptada a residência e é aí que o maior fotógrafo de sempre vem a falecer no dia 23 de Janeiro de 1894, vítima de uma septicemia, contraída na sequência de um acidente de cavalo nas ruas da Golegã...

O Video que se segue mostra alguns pormenores da referida casa e também das paisagens envolventes......



Mas o que é curioso é que, há poucos dias, numa visita ao "Centro Internacional das Artes José Guimarães" (em Guimarães), fui encontrar uma grandiosa exposição, denominada "CARLOS RELVAS/UM HOMEM TEM DUAS SOMBRAS", com muitos dos trabalhos deste grande fotógrafo, realizados no período compreendido entre 1838 e 1894...!!!

São verdadeiras obras de arte que me deixaram fascinada....
Não há palavras para descrever....!!!
É preciso ver....!!!
É realmente uma exposição que se recomenda vivamente.....!!!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mais uma tertúlia......!!!!

É bom juntar amigos, conviver com eles, conversar, trocar idéias e opiniões, enriquecer o nosso conhecimento com quem tanto sabe sobre temas tão diversificados...!!!
E hoje, os "habituais" destas tertúlias, juntaram-se uma vez mais com o nosso querido Prof. Novais Granada, desta feita não só para almoçar (como já vem sendo habitual), mas também para um passeio à cidade de Caldas da Rainha, terra bem conhecida do Professor, pelo facto de ali ter vivido uma boa parte da sua vida...!!!!


E foi muito o que nos ensinou sobre a história desta cidade e sobre as suas vivências que nos conduziram a uma época já tão distante, ajudando-nos a perceber melhor o que ainda hoje por ali existe de belo ao nível dos estilos arquitectónicos, do paisagismo, dos costumes das suas gentes e do seu património histórico....!!!



Guimarães....!!! De novo.....


Gosto sempre de voltar aos locais que, por uma qualquer razão me dizem alguma coisa...!!!
E são muitos os que revisito sempre que posso, porque na verdade são também muitos os motivos que me me levam a fazê-lo....
Guimarães não estava nos meus planos mais próximos (apesar de ser uma cidade que me diz bastante),  mas a netinha pediu (e com tanta insistência) que não tive coragem de lhe dizer que não, quando afinal estavam reunidas todas as condições para lhe poder proporcionar essa visita...
E lá fomos...
Ela, conhecer de perto o que há muito os livros de história lhe contavam...
Eu, entre outras coisas, deambular por todas as ruas, ruelas e praças do centro histórico, que tanto e tão grande significado têm para mim....!!!

A reportagem fotográfica, possível, aqui fica:



domingo, 22 de junho de 2014

Olhão e as suas lendas.....!!!!

Olhão - Ria Formosa - à noite

Quase todas as terras têm lendas que normalmente toda a gente gosta de saber....!!!
A mim pelo menos aguça-me a curiosidade quando ouço falar que, onde quer que seja e seja lá por que razão, existe uma qualquer lenda e faço sempre questão de a conhecer ....

Ora na cidade de Olhão, desde sempre ouvi falar nas lendas da "FLORIPES" e do "MENINO DOS OLHOS GRANDES" e ontem, passeando pela zona velha desta cidade (parece que agora também denominado centro histórico), com grato prazer constatei que a Autarquia se tem interessado na reconstrução/revitalização daquele espaço urbano, que outrora fora palco das tais lendas e de tantas e tantas vivências dos pescadores que ali habitavam....


São pequenos largos, becos e ruas muito estreitas, que começam agora a ficar arranjados e de "cara lavada", proporcionando a todos os que os visitam, algum encanto pela singeleza daqueles espaços, mas que se percebe estarem carregados de muitas e muitas histórias....!!!
Por exemplo na "Praça Patrão Joaquim Lopes", encontramos logo um "mapa" que nos indica o caminho das lendas, que é um percurso pedonal que liga cinco dos principais largos da referida zona histórica, os quais foram objecto de intervenção e melhoramentos, por forma a torná-los mais funcionais e aprazíveis...
Nessa mesma Praça Patrão Joaquim Lopes, pode-se também apreciar a figura da Moura "Floripes", cuja lenda passo a transcrever:
Floripes
"Lá para os lados do Bairro do Levante, no lugar do Sobrado, havia um moinho junto ao qual existia uma antiga casa onde vivia um homem de meia-idade de seu nome Zé.
Quase sempre embriagado, principalmente na companhia de amigos, contava várias vezes que durante a noite, lhe aparecia uma moura muito formosa em sua casa e que ambos trocavam carícias até de madrugada.
Os seus amigos já não acreditavam. Um dia o Zé fez uma aposta com o mais novo do grupo -Julião- que ía casar em breve com uma moça chamada Aninhas. O Zé oferecia uma fazenda que possuía no sitio da Relva, como prenda de noivado caso a moura aparecesse ao rapaz. Se não aparecesse nada lhe daria. Julião aceitou.
À meia noite lá estava ele junto ao moinho. De repente, quando já se preparava para se pôr a caminho, vê uma linda mulher. Era a moura encantada! Julião e a rapariga sentaram-se junto a uma árvore e esta conta-lhe que o feitiço só podería ser quebrado quando alguém a levasse para junto do mar e lhe espetasse uma faca no braço do lado do coração. Só aí o feitiço seria levantado. Julião nada podia fazer, pois estava comprometido com Aninhas.
De regresso a casa, vê a noiva a chorar compulsivamente e a seu lado o compadre Zé. Quando Julião se vira para falar com o seu amigo, este tinha desaparecido. Diz o povo que a Floripes partiu para o Norte de África e o levou consigo, o único homem que na realidade a amava."


segunda-feira, 16 de junho de 2014

ARCOS.....!!!!


Arcos do Vale do Rio Vez... (Vês???)

 
ARCOS DE VALDEVEZ é uma Vila encantadora, onde julgo nunca ter estado antes...!!! Mas, como para tudo na vida há sempre uma primeira oportunidade e andando a passear pelo distrito de Viana do Castelo, eis senão quando dei por mim muito perto do concelho em apreço, no meio de uma belíssima paisagem natural (que aliás é uma constante em toda a região do Minho) e não hesitei......, fui até lá.......
É sem dúvida uma lindíssima Vila do Alto Minho, banhada pelo bonito Rio Vez, rodeada de natureza verdejante, inserida no Parque Nacional da Peneda-Gerês...

Para além da tranquilidade e paz de espírito que encontramos à beira rio (devido às maravilhosas paisagens que dali se avistam), apetece passear pelas suas ruas e admirar as velhas mansões e igrejas, nomeadamente a Igreja de Nossa Senhora da Lapa e a Igreja Matriz....

Foi uma visita incompleta por falta de tempo, pois muito há para descobrir nesta terra histórica, onde, segundo a tradição, se deu o encontro das tropas de Afonso VII de Leão e D. Afonso Henriques, em 1140, dando assim origem à consagração do reino português....
 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Palácio da Brejoeira...


Trata-se de um grandioso edifício com dois séculos de existência, ex-libris da região do Alto Minho e está classificado como Património Nacional desde 1910.

Quando se chega diante de tão imponente construção cresce a curiosidade em conhecer a sua história, visitá-lo e apreciar toda a beleza e relíquias ali escondidas...

É, sem dúvida alguma, um notável conjunto constituído por: palácio, capela, bosques, jardins, vinhas e adega...

Esta casa senhorial rodeada de imensos jardins, situa-se no concelho de Monção e está integrada numa propriedade com 30 hectares, dos quais 18 são para o cultivo de vinha de casta Alvarinho, um dos mais emblemáticos vinhos da sub-região de Monção e Melgaço...

As portas deste belo palácio estão abertas ao público, para visitas guiadas. No seu interior encontramos grandes e luxuosos salões com mobiliário de madre pérola e pau preto, loiças do oriente, pratas, uma enorme e riquíssima biblioteca, jardim de inverno, capela e teatro..., contudo, só no exterior é possível fotografar, o que é uma pena....!!!!
As imagens possíveis são apenas dos jardins, bosque e vinha...