quinta-feira, 21 de abril de 2011

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN



Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004.

Da infância aristocrática e feliz passada no Porto ficaram imagens e reminiscências que povoam, de forma explícita ou alusiva, a sua obra poética e ficcional, particularmente os contos para crianças, que se reportam a locais e vivências que marcaram de forma determinante o imaginário da autora e dos quais se destacam:

- A casa do Campo Alegre;

- O jardim;

- Os Natais celebrados segundo a tradição nórdica;

- A praia da Granja.

É de referir que, relativamente à praia da Granja Sophia escreveu o seguinte, numa carta endereçada a Miguel Torga, em 1944:

“A Granja é o sítio do mundo de que eu mais gosto. Há aqui qualquer alimento secreto….”,



Entre 1936 e 1939 frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O seu primeiro volume poético data de 1944, chama-se: “POESIA” e foi editado no ano em que a autora completou 25 anos.

Sophia de Mello Breyner Andresen legou-nos uma extensa obra que se reparte pelos domínios da poesia, da ficção, dos contos para crianças, do ensaio, do teatro e da tradução (com magníficas versões de textos de Eurípedes, Shakespeare, Claudel e Dante.

Pela sua vastíssima obra, foi distinguida com o Prémio Camões em 1999, o Prémio Max Jacob de Poesia em 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2003.
Eis um dos muitos dos seus belos poemas:

 AUSÊNCIA

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

( Sophia de Mello Breyner Andresen)

3 Comentários:

Às 22 de abril de 2011 às 14:32 , Blogger Kika disse...

Olá avó sou eu a Catarina Mota este texto de Sophia de Mello Breyner Andresen está muito giro isto é o que eu digo e acho que vais ter mais comentários...

 
Às 22 de abril de 2011 às 15:04 , Blogger leandro guedes disse...

A sua neta Kika tem razão. Este artigo está mesmo muito giro.
Lembro-me que, quando era pequeno, a Granja era uma espécie de Cascais/Estoril, mas à moda do Porto, do qual dista cerca de 30 kms.
É uma praia mt agradavel. Era tão importante na época, que até o comboio Foguete, o mais rápido na altura entre Porto e Lisboa, fazia por dia algumas paragens nessa praia.
Quanto ao hotel que mostra no seu artigo, segundo li algures, é hoje um condominio privado e deixou mesmo de ser hotel. Mas a praia está lá. Tem alguma coisa a ver com o seu nome?
Muitos parabens mais uma vez por este excelente artigo e pelo belissimo poema.
E também pelo numero de visitas que já vai quase nas 11.500

 
Às 25 de abril de 2011 às 15:29 , Blogger Andradarte disse...

É bom dar a conhecer de qualquer forma....Eu
'postarei' hoje um poema dessa Senhora...
Beijo

 

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